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Rural Quinta-feira, 05 de Abril de 2018, 18:33 - A | A

Quinta-feira, 05 de Abril de 2018, 18h:33 - A | A

sanidade animal

Estado inicia trabalho para retirar vacinação contra febre aftosa até 2021

Dia A: Setor produtivo comemora anúncio da OIE e trabalho para alcançar status de livre da doença, com meta nacional para 2023

Flávio Brito
Capital News

Incluso em uma ação nacional, Mato Grosso do Sul participou nesta quinta-feira (5) do “Dia A” em comemoração ao Brasil Livre da Febre Aftosa, com vacinação. A cerimônia reuniu autoridades estaduais e do setor produtivo para falar dos avanços alcançados em 12 anos sem ocorrências da doença e lançar o desafio: acabar com a necessidade da vacinação até 2021.

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e

A Agência Estadual de DefeDeflagrou operação preventiva na fronteira de Mato Grosso do Sul contra a aftosa

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Representando o governador Reinaldo Azambuja, o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, (Semagro), Jaime Verruck, iniciou parabenizando todos os trabalhadores, principalmente, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), que contribuíram para conquistar esse status.

 

“Agora temos que olhar para frente, estruturar a Iagro para pensar no futuro e nos preparar para esse novo cenário para que todos possamos comemorar em 2021 a dispensa da vacinação. Mato Grosso do Sul vai fazer todo o esforço, junto com a equipe de campo para atingirmos a nova meta”, disse o secretário.

 

Presidente da Iagro, Luciano Chiochetta, afirma que Mato Grosso do Sul é pioneiro na luta contra a aftosa e esse reconhecimento nacional representa uma grande conquista tanto para os governantes de Mato Grosso do Sul quanto para os produtores. “É um ato muito importante para o Estado pois representa uma segurança forte para o mercado, fortalece nossa sanidade e consequentemente a nossa carne”, destaca.

 

“É uma grande alegria para nós, do setor produtivo, comemorar esse status de país livre da Febre Aftosa com vacinação. É um passo que temos que ultrapassar para que possamos sim, a partir do momento que fomos considerados um país livre de Febre Aftosa sem vacinação, atingir mercados que, economicamente, possam ser um diferencial”, destacou o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito.

 

O palestrante, chefe do Serviço de Saúde Animal da SFA/MS, Elvio Cazola, apresentou a linha do tempo da febre de aftosa no Brasil e, especificamente, em Mato Grosso do Sul. Segundo o especialista, são 123 anos que o País sofre com a enfermidade.

 

Cazola, que é médico veterinário, destacou que o Brasil demorou muito para alcançar essa condição sanitária. “O patamar que ocupamos hoje deve ser comemorado, porque necessariamente passou pela efetiva participação de toda a classe envolvida, não só do setor público, mas também da classe produtora”. Sobre o plano de erradicação, destacou que consiste em chegar ao status de livre de aftosa sem vacinação para o Brasil, até 2023. “Essa transição tem que ser de forma sustentável e segura”, explicou o palestrante. “Já são 12 anos sem nenhuma ocorrência”.

 

 O superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Mato Grosso do Sul (SFA-MS), Celso Martins, reforçou a importância do status nacional. “Esta é uma data que temos que louvar as vitórias que vieram. Estamos conquistando respeitabilidade e confiança.  Isso significa respeito econômico”.

 

 O senador Pedro Chaves também felicitou os produtores rurais de Mato Grosso do Sul pelo status e perfil empreendedor e sustentável do setor. “O Brasil é quem ganha e fico feliz em comemorar a erradicação”.

 

 As ações desta semana vão culminar em na 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da OIE, de 20 a 25 de maio em Paris, França. Com a presença de delegados de 181 países membros, o Brasil receberá o certificado internacional de zona livre de aftosa com vacinação.

 

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