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Alerta

Manejo do palhiço prejudica canavial no sul do Estado

Embrapa aponta que prática contribui para o aumento de plantas daninhas e prejudica a produtividade

Flavia Andrade
Capital News

Divulgação/Embrapa

Manejo do palhiço prejudica canavial no sul do Estado

Embrapa aponta que prática contribui para o aumento de plantas daninhas e prejudica a produtividade

A Embrapa Agropecuária Oeste divulgou que uma pesquisa realizada na região sul do Mato Grosso do Sul comprovou que nessa área quanto menos manejo for feito com o palhiço, menor será a infestação de plantas daninhas e maior a produtividade do canavial. Com isso, os especialistas recomendam que o palhiço seja mantido distribuído em área total, sem necessidade de manejo. 

 

O Palhiço é a cobertura de resíduo vegetal presente nos canaviais após a colheita. De acordo com o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, José Rubens Almeida Leme Filho, “A colheita mecanizada da cana-de-açúcar está cada vez mais presente nos sistemas de produção nacional. No sistema de colheita mecanizada, sem queima, as folhas, ponteiros e perfilhos mortos são cortados, triturados e lançados sobre a superfície do solo, forma-se essa, denominada palhiço”, aponta pesquisador.

 

A palhada remanescente serve como cobertura do solo, maximizando os benefícios proporcionados pelo aumento do teor de matéria orgânica. Ainda segundo a Embrapa, além disso, ele contribui com a redução de perdas d´água por evapotranspiração, supressão de plantas daninhas, reciclagem de nutrientes e melhorias da qualidade microbiológica do solo. Segundo pesquisador José Rubens, “Agronomicamente é desejável que haja a manutenção de pelo menos uma parte dos resíduos da colheita no solo”, destaca.

 

O pesquisador aponta ainda que, “A ideia de que o aleiramento contribui para acelerar o processo de brotação da cana-soca não é adequada, pois essa prática não repercute em maior produtividade das lavouras, apesar da aparência mais vigorosa dos experimentos, a pesquisa comprovou que houve, inclusive, um relativo prejuízo na produtividade”, conclui Rubens.

 

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