A Marfrig confirmou hoje a compra da Seara Alimentos por US$ 900 milhões, sendo US$ 706,2 milhões em dinheiro e US$ 193,8 milhões em dívidas da Seara que serão assumidas. Com isso, a empresa assume dois frigoríficos de abates em Mato Grosso do Sul; um em Sidrolândia e outro em Dourados, além de indústrias de ração situadas no estado.
O financiamento para a aquisição poderá envolver aumento de capital da Marfrig através de oferta primária de ações. Segundo comunicado da Marfrig, a expectativa é de que a transação seja concluída no quarto trimestre, após sua submissão aos órgãos regulatórios no Brasil e no exterior e demais atos legais. A Marfrig vai adquirir a marca Seara e sete unidades industriais de aves da Seara, com a capacidade de abate de 1,2 milhão de aves por dia, além de duas unidades industriais de suínos com a capacidade de 5.800 cabeças por dia e três unidade de industrializados e processados de valor adicionado com a capacidade de produção de 17.500 toneladas por mês.
A Seara também vendeu à Marfrig um terminal portuário privativo para cargas frigoríficas e cargas secas (Braskarne) em Itajaí (SC); operações de distribuição e comercialização no exterior, localizadas no Reino Unido, Japão e Cingapura, detentoras de quotas de exportação e importação a partir do Brasil para diversos países; nove fábricas de ração localizadas em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul; e seis granjas de matrizes de aves em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul com cerca de 3.000 produtores integrados de aves e suínos.
Os negócios da Seara no Brasil e no exterior serão integrados às demais divisões da Marfrig que operam com produtos com base em aves, suínos e industrializados, segundo a empresa compradora. A Marfrig disse em comunicado que "expandirá seu potencial com alimentos processados no Brasil, firmando-se como o segundo maior player no mercado interno e de exportação de aves e suínos e uma dos maiores do mundo, ao mesmo tempo em que agrega a marca Seara em produtos processados de alto valor adicionado, de reconhecida importância nos mercados brasileiro e internacionais." (Com informações do G1)
Por Alessandro Perin (www.capitalnews.com.br)
