Campo Grande Sábado, 20 de Abril de 2024


Rural Sexta-feira, 23 de Junho de 2017, 16:18 - A | A

Sexta-feira, 23 de Junho de 2017, 16h:18 - A | A

sanidade animal

Para evitar reação, vacina da aftosa terá mudança

Houve pedido formal aos laboratórios que produzem a vacina para que reduzam a dose atual de 5 ml para 2 ml

Cristiano Arruda
Capital News

Divulgação

Governo quer vacinar 19 milhões de cabeças de gado

Houve pedido formal aos laboratórios que produzem a vacina para que reduzam a dose atual de 5 ml para 2 ml

Uma medida importante adotada no início deste ano pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve evitar reações à vacina contra a febre aftosa. Houve pedido formal aos laboratórios que produzem a vacina para que reduzam a dose atual de 5 ml para 2 ml. Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa e presidente da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), observou que o Brasil é livre da febre aftosa e, portanto, não é preciso mais utilizar uma dose reforçada.

 

Marques observou, inclusive, que a medida irá reduzir custos de logística e está em consonância com a programação de retirar totalmente a vacinação do país entre 2019 e 2023, quando o Brasil deverá ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre da doença sem vacinação, como já acontece em Santa Catarina.

 

Outra medida relevante é a retirada do sorotipo C da vacina. Estudo do Centro Americano de Febre Aftosa, que concluiu pela inexistência do vírus da febre aftosa tipo C na América do Sul, foi determinante para recomendação da Cosalfa de suspender a vacinação com esse sorotipo na região. A decisão foi tomada no encerramento da 44ª reunião ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), em abril deste ano.

 

De acordo com o estudo, o último foco de febre aftosa com o sorotipo C nas Américas data de 2004. “Por essa razão, bem como em função de estudo que o Brasil tem, tomamos a decisão de, no futuro, retirar o vírus C de toda vacina produzida no país”, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura que é também presidente da Comissão Regional da OIE para as Américas.

 

O ministro Blairo Maggi, garantiu, nesta quarta-feira (21), que a reação à vacina não oferece risco à saúde pública, ao ser questionado sobre sinal (caroço) encontrado em carne exportada aos Estados Unidos. O Mapa, preventivamente, suspendeu a certificação sanitária do SIF (registro do Serviço de Inspeção Federal)  dos embarques de frigoríficos citados pelos país e trabalha para prestar todos os esclarecimentos e correções no sentido de normalizar a situação.

 

Maggi admitiu que poderá ser aberta investigação para analisar se o problema detectado na carne exportada para os EUA foi causado pela vacina. “Mas, se for nesse caminho, e nós vamos ter que abrir investigação para saber até onde a acusação contra a vacina é verdadeira, não se resolve de um dia para o outro”, afirmou.

 

Blairo Maggi garantiu que o Ministério já cobrou providencias das empresas. “As providências, basicamente, devem ser tomadas pelos frigoríficos. Tem que cortar na própria carne”. Para o ministro, a melhor forma de evitar é fazer a correção no momento da limpeza do produto. Segundo ele, o ministério já cobrou providências das empresas, que devem cumprir a vontade do mercado.  

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS