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Rural Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2018, 14:17 - A | A

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Ceasa-MS

Plano diretor vai garantir expansão do escoamento e comercialização de hortaliças

Em 2017, foram comercialização de 186.236 toneladas de produtos na Ceasa, um recorde na história da central

Flávio Brito
Capital News

Marcelo Armôa/Semagro

Plano diretor vai garantir expansão do escoamento e comercialização de hortaliças

Central tem registrado recorde de produção

O governo do Estado vai buscar parcerias para elaborar um Plano Diretor da Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) a fim de garantir o ordenamento do local e promover as melhorias necessárias no que se refere à logística e expansão das áreas de comercialização. A informação foi dada pelo secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) após visita ao local, realizada na madrugada desta sexta-feira (19). 

 

“A Ceasa é o principal ponto de comercialização sul-mato-grossense de hortifrutigranjeiros, inclusive mandando para outros Estados. Em função dessa importância econômica, do número de pessoas que transitam e comerciantes que aqui estão, nós temos que fazer algumas melhorias, algumas delas emergenciais. As demandas que identificamos hoje serão levadas ao governador Reinaldo Azambuja e à Agesul. Temos trabalho a fazer nas condições internas de tráfego de veículos, com serviço de tapa buraco, além de melhoria no estacionamento. Como existe uma demanda de expansão dos comerciantes, nós também entendemos que é necessário um Plano Diretor. Esse planejamento daria uma folga para os próximos 5 ou 10 anos. Nosso foco agora será elaborar uma proposta com o auxílio de entidades parceiras”, afirmou o secretário.

 

A visita técnica foi acompanhada pelo diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), André Nogueira, pela diretora-executiva da Agência, Gisele Farias, pelo superintendente de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar da Semagro, Rogério Beretta, e o presidente da Ceasa, Francisco Pacca. O secretário Jaime Verruck e a comissão da Semagro e Agraer percorreram os cinco galpões da Ceasa e conversaram com comerciantes e produtores de hortifrutigranjeiros, conhecendo um pouco mais sobre a produção do Estado no setor.

 

“A proposta do governo é que a gente consiga comercializar produtos sul-mato-grossenses aqui. Hoje tivemos uma série de boas surpresas. Nós vimos que Mato Grosso do Sul é 100% autossuficiente em laranja, discutimos a questão da banana-maçã, que também é produzida e vendida no Estado. São surpresas mostrando que existe realmente um crescimento muito forte da produção da agricultura familiar e também da produção comercial. Nesse caso, é importante os produtores estão se tecnificando e já conseguem ter uma regularidade de oferta muito grande em alguns produtos”, comentou o secretário.

Segundo o diretor-presidente da Agraer, “o tempo em que estivemos na Ceasa também foi de grande valia para que o secretário Jaime Verruck e eu, que assumi recentemente a diretoria da Agraer, pudéssemos conhecer de perto o funcionamento da Central. Ver as atividades, em especial, no horário de pico de trabalho que é o período da madrugada, e percorrer os boxes nos auxilia a entender melhor as demandas dos colaboradores e produtores”, disse o André Nogueira.

 

Inaugurada em 1979, a Central é um dos principais espaços de negociação de alimentos do Estado, com fundamental importância nos planos e programas governamentais para a produção, abastecimento e comercialização da produção agrícola com destaque para o hortifrutigranjeiro. “O ano de 2017 batemos o recorde da história da Ceasa MS com a comercialização de 186.236 toneladas de produtos. Valor que é muito positivo para a instituição por mostrar que há um grande fluxo de produtores e consumidores”, justificou.

 

Ao final, o grupo percorreu as estufas para cultivo de hortaliças, flores e plantas frutíferas construídas dentro das dependências da Ceasa. Também foi visitado o canteiro de obras de uma estufa ainda maior que está sendo construída, localizada na parte detrás do terreno da Central. “É um espaço que foi concedido através de uma negociação e parceria entre nós e a Ceasa, Agraer e Semagro. Estamos montando uma estufa de 1.500 m². Todo o cultivo contará com uma barra de irrigação automatizada que agilizará os trabalhos e trará uma produtividade maior”, informou o empresário Cristiano Silva.

 

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