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Rural Quinta-feira, 30 de Abril de 2009, 11:37 - A | A

Quinta-feira, 30 de Abril de 2009, 11h:37 - A | A

Produtores de suínos querem rebatizar doença

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Nem a expectativa de substituir exportações de México e Estados Unidos para a Rússia, principal mercado brasileiro no Exterior, consola os produtores de carne suína. Segundo Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), seria melhor que os países que suspenderam compras voltassem atrás do que ganhar mercado graças a um equívoco.

Não se trata de gripe suína. É uma gripe mexicana. Nosso sonho é que a doença mude de nome, e rápido– argumenta Camargo, sustentando que nem no México existem animais infectados. Até o alerta mundial com a doença, a Abipecs lutava para garantir as cotas brasileiras de venda para a Rússia, que absorveu de janeiro a março quase metade das exportações nacionais. No Rio Grande do Sul, a proporção em 2008 foi ainda maior, ultrapassando os 80%.

É possível que possamos capitalizar uma oportunidade, porque o Estado não importa carne nem suínos vivos das áreas afetadas. Mas o primeiro impacto deve ser negativo, porque desperta o temor das pessoas – avalia Vladimir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Estado.

Carlos Alberto Freitas, diretor superintendente da Cooperativa dos Suinocultores de Encantado, que abate 1,5 mil animais por dia, pinta um quadro de normalidade. Conforme ele, as normas sanitárias nas granjas são estritas e tendem a ser aplicadas agora com maior rigor. Por exemplo, todos que entram na área onde estão os animais precisam antes tomar banho e trocar de roupa.

No Estado, relata Carmen Marun, presidente regional da Associação Brasileira de Agentes de Viagem (Abav-RS), ainda não há notícias de roteiros suspensos ao México. Desde que entrou em vigor a exigência de visto, em 2005, a procura dos gaúchos já havia diminuído bastante, porque é preciso ir até São Paulo. No entanto, com a previsão de abertura de um consulado em Porto Alegre em julho, havia expectativa de aumento do interesse. Agora, não se sabe como vai ficar lamenta Carmen.(Fonte: Jornal Zero Hora)

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