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Rural Sábado, 22 de Agosto de 2009, 14:46 - A | A

Sábado, 22 de Agosto de 2009, 14h:46 - A | A

Questões indígenas marcam posse da nova diretoria da Famasul

Por: Jefferson da Luz - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A questão os estudos antropológicos para a identificação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul foi o principal tema em discussão durante a posse da diretoria da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso don Sul), que reconduziu Ademar Silva à presidência da entidade.

Ele lembrou que a velocidade do crescimento do agronegócio tem gerado conflitos com outros setores. “O povo indígena tem seus direito que precisão ser reconhecidos e respeitados por cada cidadão e produtor rural do Estado”.

Para Silva, a situação tensa gerada no campo, muitas vezes, é criada por entidades que “sequer, têm a bandeira brasileira estampada no seu coração”, e leva os produtores a se contraporem com os índios.

Questionado sobre quais seriam estas entidades ele disse que são diversas, mas que muitas vezes são representadas pelo Cimi (Conselho Missionário Indigenista). Além disso, ele criticou o trabalho da Funai (Fundação Nacional do Índio).

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Foto: Deurico/Capital News

“O que a gente vê são aldeia desassistidas, são índios sacrificados, crianças passando fome. E parece que tudo isso é culpa do produtor rural, em especial dos de Mato Grosso do Sul. Quando não é verdade. Produzimos alimentos, somos responsáveis por um terço do PIB [Produto Interno Bruto]”, argumenta. “Não somos contrários aos índios. O que não aceitamos são as invasões, e essa dilapidação do direto à propriedade no Estado e no Brasil”, complementa.

O presidente da entidade ainda defendeu o posicionamento de alguns produtores rurais que estão contratando empresas de segurança armada para evitar que suas terras sejam invadidas. Questionado se esta atitude não traria ainda mais tensão ao campo, Silva disse que não. “Não conheço uma única situação em que houve um conflito armado entre índios e produtores”.

Desafios – Falando sobre as perceptivas do agronegócio no panorama nacional, Ademar Silva disse ao Capital News que, primeiramente, o Brasil precisa resolver a questão do direito de propriedade. Ele ainda citou as questões ambientais com uma das mais importantes no momento.

“É impossível se produzir sem que haja um impacto ambiental. E a preservação tem de ser alicerçada na ciência e na visão dos pesquisadores e cientistas brasileiros. Aqueles que querem um Brasil para nós. E são estes os desafios que essa nova diretoria vai enfrentar”.

Para isso ele defende a alteração do Código Florestal Brasileiro que, segundo ele, necessita de mudanças. “A Famasul e a Confederação Nacional da Agricultura têm acompanhado isso. Nós temos peculiaridades e particularidades importantes. O desmatamento zero é um discurso do produtor, bem como o pagamento pela preservação ambiental, e nós estamos defendendo, principalmente, estes pontos”, finalizou.

Por: Jefferson da Luz - Redação Capital News
 

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