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Saúde Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007, 17:45 - A | A

Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007, 17h:45 - A | A

Em período de férias, aumentam casos de intoxicação em crianças

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O período de férias escolares deve ser de preocupação em dobro para as famílias que têm filhos pequenos em casa. O alerta é da coordenadora do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), Maria Lúcia Ferreira Igi. Ela explica que com mais tempo em casa, crianças e adolescentes estão sujeitos a intoxicações diversas, sendo a mais comum por medicamentos. Os casos que chegam até o Civitox são de intoxicações por plantas, animais peçonhentos, bebidas alcoólicas e produtos de limpeza.

Em 2006, de 1714 casos notificados, 509, ou seja, quase 30%, foram de intoxicação por medicamentos. Uma situação, segundo Maria Lúcia, que pode ser facilmente evitada. Os números assustam: dos 509 casos, 149 ocorreram em crianças de 0 a 9 anos, sendo 130 notificações entre crianças de 0 a 4 anos. “Muitas vezes os pais trabalham e deixam as crianças com terceiros (empregadas, babás, parentes). Sem querer, descuidam, deixando remédios, principalmente de uso contínuo, em locais de fácil acesso. Isso pode ser evitado”, destaca a coordenadora do Civitox.

Os números de 2007 ainda não foram fechados, mas no primeiro semestre foram 792 notificações, sendo 34% (247) por medicamentos. Isso sem contar os casos que não são notificados pelo Civitox. A recomendação, é, nessa situação, procurar imediatamente um médico e evitar soluções “caseiras”, como provocar vômitos ou tomar leite.

De acordo com Flávia Luíza Lopes, farmacêutica responsável técnica do Civitox, outro grande número de notificações nessa época do ano com crianças se refere às intoxicações por animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e demais tipos. Em 2006 foram 451 casos, sendo 194 provocados por escorpiões – 37 atacaram crianças de 1 a 9 anos.

Materiais de limpeza em locais de fácil acesso também dão muita dor de cabeça aos pais. Segundo Flávia Lopes, em 2006, dos 141 casos registrados, 81 ocorreram com crianças de 1 a 4 anos. Outra preocupação dos técnicos e que vem aumentando a cada ano, são os registros de intoxicação por plantas, entre elas, comigo-ninguém–pode, pinhão-roxo, espirradeira, tinhorão, copo de leite e lírio. “As crianças gostam de brincar de fazer comidinha e usam essas plantas. Os pais devem estar atentos para evitar essa contaminação”, explica Maria Lúcia. (Com informações do Governo do MS)

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