Campo Grande Quinta-feira, 02 de Maio de 2024


Tecnologia Quarta-feira, 15 de Setembro de 2010, 17:40 - A | A

Quarta-feira, 15 de Setembro de 2010, 17h:40 - A | A

Microsoft usa \"estilo Google\" para salvar navegador Internet Explorer

Da Redação - (ME) - (www.capitalnews.com.br)

A Microsoft anunciou nesta quarta-feira (15) a chegada da versão beta da nova versão do navegador Internet Explorer. O IE 9 traz como atrativos um novo visual, com abas menores e adaptadas para a interface do Windows 7, compatibilidade com o novo padrão HTML5 e sistema que permite utilizar o potencial de processamento do computador para exibir sites e rodar programas na nuvem.

O programa é compatível com Windows 7 e Vista, mas não funciona com Windows XP. É possível baixar o software, disponível gratuitamente, no Baixatudo.

O estilo “clean” abandona a interface congestionada e cheia de botões usada nas versões anteriores, e adota um estilo mais próximo do Google Chrome. A tela de abertura, com caixas representando graficamente os sites mais visitados pelo usuário, também lembram o navegador do Google. O Chrome lançado em 2008, já capturou 7% do mercado de navegadores. A Microsoft, por sua vez, chegou perto de ter 95% da fatia no início dos anos 90, mas viu 4 em cada 10 usuários migrar para os concorrentes como o Firefox e o próprio Chrome.

Para recuperar o status de liderança, a empresa fundada por Bill Gates decidiu aproveitar o fato de ser líder entre os sistemas operacionais – o Windows é quase onipresente, e não sente a ameaça do Linux e da Apple no mercado de desktops e notebooks para o usuário final. O novo IE 9 permite que os sites, por meio da integração melhor com o Windows 7, utilizem o poder da placa de vídeo e dos processadores com mais de um núcleo presentes nos micros atuais.

Segundo a companhia, os browsers atuais usam cerca de 10% da capacidade de processamento dos computadores modernos. Assim como o Chrome, que já traz aceleramento por placa de vídeo desde a sexta versão, o novo IE 9 permitirá que os sites se aproximem dos programas nativos, instalados na máquina. Com o crescimento dos chamados aplicativos na nuvem, armazenados em servidores na internet, a mudança faz sentido para o consumidor final.

“O destaque tem que ser para o site, e não para o navegador. Quando um usuário entra na internet, ele quer ver o conteúdo, as páginas, e não o browser. Assim como quem usa o Windows quer os aplicativos, e não o sistema operacional”, afirmou Steven Sinofsky, presidente da divisão de Windows da companhia.

Nesse espírito, é possível usar o IE 9 apenas como “plataforma” para executar sites. O usuário pode criar ícones para serviços on-line na própria barra de atalhos do Windows, que são executados sem a moldura completa do IE 9, como se fossem programas nativos. O desenvolvedor do site pode criar funções específicas para essa integração com a barra de atalhos. Clicando com o botão direito no ícone de um site de notícias, por exemplo, é possível ver uma lista de editorias e serviços. Na Amazon, há atalhos para verificar o status de seu último pedido, sem precisar passar pelo caminho tradicional no site. Os ícones de avançar e retroceder página também se adaptam à cor programada pelos desenvolvedores do site.

A Microsoft também tentou resolver uma das principais reclamações dos usuários do Internet Explorer: as constantes situações de “travamento” durante a navegação. Como no Chrome – e no novo Firefox 4 –, cada aba é executada em um processo diferente na máquina. Assim, se um site executar uma operação irregular, será necessário fechar apenas uma aba, e não todo o navegador. As extensões também rodam separadamente.

No geral, a mudança também aumenta a segurança do navegador. Boa parte dos cerca de 40% dos usuários que desde 2004 deixaram o Internet Explorer para um navegador da concorrência foi impulsionada pelo excesso de softwares nocivos que se aproveitavam de falhas nas versões anteriores do IE.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS