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Política Quarta-feira, 29 de Agosto de 2018, 15:34 - A | A

Quarta-feira, 29 de Agosto de 2018, 15h:34 - A | A

DECLARAÇÃO

Sobre o confronto com indígenas, Azambuja classifica MPF como ‘tendencioso’

Promotoria anunciou que abriu inquérito sobre a atuação de policiais contra ocupação de índios em Caarapó

Flávio Veras
Capital News

Chico Ribeiro / Governo de MS

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Declaração foi realizada durante um evento da Famasul

Durante a participação em um evento da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), nesta quarta-feira, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), rebateu o MPF (Ministério Público Federal), que abriu inquérito para investigar a ação da Polícia Militar em uma fazenda ocupada por índios, em Caarapó. Durante a entrevista o governador classificou o MPF de “tendencioso”.

 

De acordo com o órgão federal, por decisão da Ministra Carmem Lúcia do Supremo Tribunal Federal (STF), a permanência do índios no local estava assegurada, pois em suas decisão, a magistrada determinou que esse direito estava contemplado até o fim de demarcação fosse julgado. Ou seja, não havia nenhuma ordem judicial que viabilizasse uma possível reintegração de posse.

 

Porém Azambuja rebate afirmando que “A polícia agiu depois que houve boletim de ocorrência de roubo e furto no local. Cabe ao Estado proteger qualquer cidadão”, afirmou o governador. “Não foi uma ação de reintegração de posse. As pessoas estavam sendo vítimas de ação ligada à comunidade indígena que estava furtando e roubando itens no local. A PM agiu dentro da legalidade como faria para qualquer cidadão”.

 

Posteriormente, o governador foi mais declarou que o MPF pode ser tendencioso. ““Não temos preocupação em relação ao MPF que, inclusive, é até tendencioso em muitas questões como órgão que busca o equilíbrio ele não pode buscar um lado só e sim a legalidade”. 

 

Por fim, Reinaldo Azambuja falou sobre a possibilidade do deslocamento de agentes da Força Nacional de Segurança se instalarem na área de conflitos. “Existe um pedido antigo junto ao Ministério da Justiça para esse reforço na segurança. Portanto, “Aguardamos que eles possam retornar e ficar na área ajudando a diminuir a temperatura, pois não queremos que haja novos conflitos em Mato Grosso do Sul”, finalizou.

 

Entenda

Na última segunda-feira (27) um grupo, composto por 50 índios da etnia Guarani Kaiowá, teria ateado fogo na pastagem, levado porcos e invadido a sede da fazenda. Ao menos um deles foi preso, por se recusar deixar o local.

 

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