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Saúde Quinta-feira, 04 de Janeiro de 2018, 08:37 - A | A

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DST

Mais de 39 mil pessoas fizeram testes de HIV, sífilis e hepatite C em Campo Grande

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3)

Laura Holsback
Capital News

Mais de 39 mil pessoas fizeram teste de HIV, sífilis e hepatite C na rede de saúde pública de Campo Grande no ano de 2017. O número representa aumento expressivo, já que em 2016 foram realizados aproximadamente de 15,8 mil testes. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3), pela prefeitura. 

 

Agência Brasil/Arquivo

Remédio Aids

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Ainda conforme a publicação, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) aumentou em 148% a realização de testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite C em 2017 quando comparado com 2016. A meta estipulada para o ano que terminou era de 30% e foi superada por meio da descentralização dos exames, que até então eram realizados em apenas dois locais e passaram a ser ofertado em 68 unidades de saúde.

 

Ao todo foram realizados 39.369 testes de HIV, sífilis e hepatite C em 2017 nas unidades de saúde da Sesau, contra 15.840 em 2016. O registro de exames de hepatite B passou a ocorrer no ano passado, período em que foram feitos 6.508 procedimentos.

 

A meta de 30% foi uma orientação do Serviço de IST/AIDS da SESAU para toda a Rede de Saúde do Município embasada em determinações do Ministério da Saúde com o objetivo de ofertar os testes para toda a população e não somente para um grupo específico. “Com o esforço dos profissionais e das unidades de saúde conseguimos superar a meta estipulada no primeiro ano de descentralização dos testes rápidos, mas o trabalho continua. Vamos analisar os dados e elaborar um novo alvo para 2018”, explicou a coordenadora do Programa IST/AIDS, Denise Leite Lima.

 

O Programa IST/AIDS trabalha com campanhas tendo como objetivo alertar a população para a importância do uso responsável do preservativo para prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, além de incentivar a população sobre a necessidade da realização do teste rápido de HIV, Sífilis, hepatites B e C e detecção precoce do diagnóstico e tratamento em tempo oportuno.

 

Dezembro Vermelho

No mês da Luta Mundial Contra a AIDS de 2017 foi realizado 1.903 testes rápidos para detecção do HIV, contra 540 em 2016. As unidades de saúde ofertaram, também, os testes de sífilis (1725 ante 373), hepatite C (2055 contra 276) e B (1.213). Ao longo do mês, as 66 UBS/UBSF desenvolveram diversas atividades em alusão ao tema e o Programa IST/AIDS realizou diversas ações volantes em locais onde há grande circulação de pessoas, como no Shopping Campo Grande, distribuição de 160 mil preservativos e materiais informativos nos estabelecimentos parceiros.

 

Casos de HIV

Em 2017 foram notificadas 226 novas infecções de HIV contra 159, em 2016. O crescimento no número de casos se dá, principalmente, pela oportunidade de realizar o teste que está disponível nas 66 UBS/UBSF. “A descentralização do teste rápido é o principal avanço na oferta do diagnóstico para a população”, garantiu Denise.

 

O que é HIV?

HIV é uma sigla para vírus da imunodeficiência humana. É o vírus que pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV. Isso significa que uma vez contraído o HIV, o indivíduo viverá com o vírus para sempre.

AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)

 

Esta é a fase da infecção que ocorre quando o sistema imunológico está seriamente danificado e a pessoa se torna vulnerável a infecções e as chamadas doenças oportunistas. Quando o número das células CD4 cai abaixo de 350 células por milímetro cúbico de sangue (350 células/mm3), é considerada a progressão do HIV para a AIDS. (A contagem normal de CD4 fica entre 500 e 1.600 células/mm3).

 

Pode ser diagnosticada com AIDS a pessoa que desenvolver uma ou mais das doenças oportunistas, independentemente de contagem de CD4. Sem tratamento, as pessoas que são diagnosticadas com AIDS normalmente sobrevivem cerca de 3 anos. Uma vez com uma doença oportunista perigosa, a expectativa de vida sem tratamento cai para cerca de 1 ano. Pessoas com AIDS precisam de tratamento médico para evitar a morte.

 

Tratamento

A terapia antirretroviral (TARV) pode prolongar significativamente a vida das pessoas infectadas pelo HIV e diminuir as chances de transmissão da doença (indetectável). É importante que as pessoas façam o teste de HIV e saibam desde cedo que estão infectadas para que os cuidados médicos e o tratamento tenham maior efeito.

 

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