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Polícia Terça-feira, 17 de Novembro de 2009, 07:57 - A | A

Terça-feira, 17 de Novembro de 2009, 07h:57 - A | A

Legalizar drogas não acaba com tráfico, diz Jacini

Marcelo Eduardo - Redação Capital News

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, disse considerara legalização das drogas hoje ilícitas “tão viável quanto a colonização de marte”.

A declaração foi em resposta à indagações sobre a fala do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (DEM), que afirmara ao Jornal do Brasil “que a legislação das drogas tem que ser discutida em âmbito internacional (em organizações como a ONU – Organização das Nações Unidas e a OMS – Organização Mundial da Saúde, por exemplo) e que a ‘proibição pela proibição’ resulta em número de mortes muito maior do que se houvesse uma ‘legislação mais inteligente e voltada para vida’”.

Jacini esteve na manhã desta segunda-feira, 16 de novembro, no Seminário sobre Polícia Comunitária, realizado na sede do Crea-MS (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso do Sul).

“A ideia é inviável porque isso é uma coisa da ONU. São convenções que determinam a repressão das drogas”, complementa o secretário.
Ele acredita que, com o surgimento “cada vez mais forte” da Polícia Comunitária, a ação social das polícias fica mais evidente. “Cada batalhão terá um especialista em Polícia Comunitária, alguém que foi treinado para isso. Isso é uma mudança de doutrina que visa manter algo previsto constitucionalmente porque a Constituição diz que segurança pública é responsabilidade de todos, não só do Estado.”

Jacini continua, afirmando que “a Polícia Comunitária é pró-ativa”.

A primeira ação efetiva da Polícia – que não é uma nova polícia, “é a Polícia Militar, ainda”, comenta – foi realizada no sábado, 14, no bairro Nova Lima,região norte da Capital, considerado um dos mais violentos da cidade.

“Lá, foram oferecidos serviços como de emissão de certidão de nascimento, título de eleitor (em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral), corte de cabelo, vacinação. Ou seja, são várias coisas, e não só o combate direto à violência, mas, a prevenção”, explica.

Quanto à contratação de novos militares, Jacini disse que “precisa rever” o planejamento. “Vai depender de como será a atuação e o resultado da Polícia Comunitária”, diz.

Jacini queria contratar mais pessoas para aumentar o efetivo da PM (Polícia Militar), que, atualmente, é de 5,8 mil.

Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)

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