O padre da Igreja Matriz de Amambai, Felix Vecka, em missa realizada no último sábado (11), em sua paróquia, rasgou e queimou dinheiro, que segundo os fiéis, somavam R$ 1 mil. O ato do pároco foi devido sua revolta com declarações que o vice-prefeito eleito do município, José Aguiar, deu em uma rádio local, na qual insinuou que alguns eleitores seriam “papa-hóstias”.
O padre, durante missa, teria desafiado a fé dos fiéis em relação à Nossa Senhora Aparecida e a própria hóstia. Assim, ele queimou uma cédula, supostamente de R$ 100 reais e rasgou um maço de dinheiro com pelo menos, segundo teria falado o próprio sacerdote aos fiéis, mais R$ 900 reais, querendo demonstrar que os candidatos, tanto prefeito como vice, teriam comprado votos para se elegerem, se referindo ao prefeito eleito, Dirceu Lanzerini (PT).
O prefeito eleito se reuniu com o padre dois dias após o fato e declarou que o “mal entendido foi resolvido”. O vice-prefeito, comentando sua entrevista à rádio, disse que não teve objetivo de ofender a comunidade católica ou a Igreja e sim se referir a alguns membros e freqüentadores assíduos da entidade religiosa que , segundo Aguiar, na calada da noite teriam saído pelas ruas tentando comprar votos dos eleitores e inclusive alguns deles teriam sido flagrados pelas Justiça Eleitoral nas vésperas das eleições.
O padre não foi encontrado para comentar o fato, mas fiéis católico se sentiram ofendidos com a atitude do padre e disseram que foi um absurdo o que o pároco fez diante do altar. “O padre duvidou da nossa fé ao insinuar que deixamos de crer em Nossa Senhora Aparecida e na hóstia sagrada por termos exercido nosso livre e constitucional direito de votar em quem quer que seja e olha que não votei nos candidatos insinuados pelo Padre”, disse um membro da igreja que não quis se identificar. (Com informações de A Gazeta)