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Saúde Quarta-feira, 24 de Agosto de 2011, 13:08 - A | A

Quarta-feira, 24 de Agosto de 2011, 13h:08 - A | A

Coxim tem 19 casos confirmados de leishmaniose humana

Priscilla Peres - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A leishmaniose em humanos está sendo considerada uma epidemia no município de Coxim. Até quarta-feira (24), a secretaria de Saúde já havia registrado 26 casos e ainda há 19 casos confirmados.

Conforme a gerente de Vigilância Sanitária, Adriana Haidar, não existe uma região específica, os humanos infectados pela doença estão em toda a cidade, inclusive no assentamento Vale do Taquari.

Dois homens morreram por conta da leishmaniose em Coxim. Em setembro de 2010, a leishmaniose visceral matou o funcionário público municipal, João Gonçalves da Silva, de 55 anos. Já em março de 2011 morreu o aposentado Luiz Félix da Silva, de 88 anos.

O maior problema é que há 40 dias a prefeitura não realiza coletas de sangue para exames e eutanásia dos cães doentes, pois o contrato com o médico veterinário responsável por esses serviços venceu e ainda não foi renovado.

Por telefone, o secretário de Saúde, Gilberto Portela, desmentiu a informação e garantiu que Elton Villar de Jesus, o médico veterinário em questão, está trabalhando. Entretanto, Jesus afirmou que não trabalha para a prefeitura de Coxim desde o dia 15 de julho, ou seja, há 40 dias.

A informação do médico veterinário é que o contrato entre sua clínica e a prefeitura está sendo elaborado, “mas até o momento não assinei nada”, garantiu Jesus.
De acordo com o médico veterinário, eram feitos cerca de 10 exames por dia em cães, sendo que a maioria dava positivo. O número de cães sacrificados por mês era de aproximadamente 200. Esses números são referentes ao trabalho desenvolvido pelo município, sem contabilizar os exames e eutanásias de clínicas particulares.

Se a prefeitura não vem cumprindo com sua obrigação, cabe a cada cidadão cuidar do seu cão e do seu quintal, evitando acúmulo de lixo, principalmente de matéria orgâica, como restos de comida. A melhor maneira de prevenir a doença é colocar uma coleira no cão.

A coleira consegue proteger o seu cão contra flebótomos, moscas e carrapatos com alta eficácia e pode ser comprada em agropecuárias ou clínicas. Imediatamente após a colocação no pescoço do cão, começa a liberação do seu princípio ativo, a deltametrina, que se distribui de forma rápida e uniforme pela pele do cão até atingir todo o corpo.
Segundo a promotora de Justiça, Daniella Costa da Silva, o MPE (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito civil para apurar a situação da doença em Coxim.

As informações repassadas ao MPE eram de que a doença estava controlada. Porém, diante das novas informações, a promotora promete tomar novas providências, pois trata-se de uma questão de saúde pública. (Com informações do site Edição MS)
 

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