A Escola Estadual Antonio João de Figueiredo (antes Colégio Recolhidos Alvaro M.Neto), localizado no bairro Taveirópolis em Campo Grande, completou 1 ano e meio de abandono. O prédio está praticamente destruído, servindo de abrigo para vândalos e usuários de drogas, além de criadouro do mosquito da dengue.
O colégio foi construído em um local com pouca movimentação (na Rua General Mario Torres, 116), ladeado por muros do quartel do Exército, terrenos baldios e agora recentemente pela nova avenida construída que dá acesso aos bairros Aeroporto e Oliveira.
O matagal tomou conta dos espaços existentes na escola abandonada e até mesmo a quadra de esportes está praticamente invisível. A estrutura das dependências do estabelecimento de ensino foi comprometida com buracos enormes nas paredes, sendo que as portas, janelas e vasos sanitários foram arrancados, além do telhado e fiação totalmente destruídos.
As dependências onde era a secretaria e parte administrativa da Escola estão destruídas. Pedaços de concreto, vidros e telhas quebradas jogados pelo chão mostram o estado de abandono, mas utensílios domésticos, lençol e roupas íntimas encontradas no local denunciam que vândalos, drogados e marginais se escondem ali durante a noite.
O local que antes era palco para ensino de crianças e adolescentes transformou-se em abrigo e esconderijo de marginais e até mesmo festas regadas a bebidas e drogas, pois é possível encontrar garrafas de bebidas como vinho, vodka e cerveja jogados pelo chão das dependências da Escola.

Garrafa de bebida, coberta e muita sujeira: retrato de um prédio abandonado
Foto: Deurico/CapitalNews
Goteiras que caem do teto das salas de aulas apontam que o volume de água é grande na laje e serve como criadouro do mosquito da dengue se proliferar contribuindo com a epidemia da doença que assola os moradores, deixando os hospitais e postos de saúde lotados e inclusive já causou mortes na Capital.
O pintor automotivo, José Marcos Costa, 51 anos, que trabalha em um oficina próximo à Escola disse que o estabelecimento está abandonado, destruído e é muito perigoso transitar por ali, principalmente no período noturno. "Durante o dia e principalmente à noite é possível perceber o trânsito de pessoas estranhas pelo local e isso causa uma certa intranquilidade para os moradores do bairro", revela, um tanto amedrontado José.

José e Cristian reclamam do estado de abandono e perigo no local
Foto: Deurico/CapitalNews
Cristian Paes Dias, 30 anos, morador do local há 5 anos, disse que a escola já estava abandonada antes mesmo de começar as obras da avenida que demandam aos bairros Aeroporto e União e que também percebe a movimentação de pessoas estranhas indo e vindo da escola. "Durante o trabalho aqui na oficina, vejo a movimentação de pessoas estranhas transitando pelo escola abandonada e ninguém toma providências. Aquilo ali se tornou abrigo de drogados e marginais, é muito perigoso", afirma o morador.
A reportagem do Capital News já havia denunciado o estado de abandono do estabelecimento de ensino em matéria publicada em julho do ano passado e na ocasião obteve como resposta da Secretaria de Educação de que ela seria demolida dentro de 30 dias, mas não foi isso que aconteceu e o problema persiste, deixando os moradores do local apreensivos e indignados com a situação.
Outro lado - A assessoria de imprensa do Governo do Estado informou nesta sexta-feira que o prédio não pertence mais à Secretaria de Educação, embora continue sob sua responsabilidade, e que irá fazer uma limpeza no local na próxima semana.
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Até cueca suja foi deixada na escola abandonada
Foto: Deurico/CapitalNews




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Fotos: Deurico/CapitalNews