Com investimento de R$ 50 milhões da iniciativa privada e com prazo de conclusão de dois anos, o projeto Cidade dos Ônibus vai retirar 600 ônibus de viagem que trafegam vazios e passam diariamente pela região central de Campo Grande rumo à rodoviária. O projeto visa diminuir o fluxo de ônibus no centro da cidade e reduzir os impactos ao meio-ambiente. Na manhã desta quinta-feira (27), foi realizada no gabinete do prefeito Gilmar Olarte (PP), uma reunião para debater o assunto.
De acordo com o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio (Sedesc), Edil Albuquerque, esse projeto permitirá a retirada das garagens que estão localizadas no centro da cidade e desafogar o trânsito. “Esse projeto envolve toda uma infraestrutura e vai trazer uma série de benefícios para os funcionários e para Campo Grande”, explica.
“Sabemos que por voltas das 3h30 da manhã já tem empresa funcionando, na esquina da Rua 13 [de Maio] há um conjunto de apartamentos. Essa movimentação de ônibus acontece todos os dias. Com saída deles isso vai trazer um benefício para quem mora ali perto e porque não, vai embelezar essa parte da cidade”, explica o prefeito.
Olarte afirmou que mais de 19 postos de combustíveis criados para atenderem essas garagens e serão desativados. “Muitas dessas empresas apresentam reservatórios de combustíveis e podem contaminar o solo. Outro ponto levantado é com relação às empresas possuem lavadores de ônibus. Grande parte destes resíduos são jogados diretamente na rede de esgoto sem tratamento”.
Com isso o projeto da Cidade dos Ônibus vai abrigar 20 empresas, mas somente 17 participam desta etapa. Oito desta empresas já têm carta-consulta aprovada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (Codecon).
Conforme o prefeito Olarte, esse projeto conta com o Programa de Desenvolvimento Econômico e Social (Prodes) que visa buscar incentivos fiscais. “Vamos conversar com a Câmara Municipal e explicar sobre esses benefícios sociais”.
Trânsito
Conforme o vereador licenciado, Edil Abulquerque, o trecho que apresenta maior fluxo de ônibus é o trecho que compreende o Atacadão até a rotatória da Coca-Cola. “Nós fomos ao local, medimos e constatamos a presença de 600 veículos trafegando vazio. Isso sem contar os coletivos. E com saída das garagens também vai diminuir o número de caminhões trafegando pelo centro”.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Rodosul), Oswaldo Possari, “o projeto vai contar com toda infraestrutura incluindo atendimento médico do Sest-Senat”.
Oswaldo Possari participa de reunião com prefeito Gilmar Olarte
Foto: Deurico/Capital News
O valor de R$ 50 milhões será dividido entre as 17 empresas participantes. Convênios foram fechados com determinadas empresas que deverão ficar responsáveis pela construção do alojamento e do refeitório. A Petrobras será outra empresa que construirá o único posto de combustíveis do local para atender as empresas. O prazo final de término é para 2016, mas pode ser estendido até 2017.