Durante a abertura do curso de formação de agentes de trânsito, nesta segunda-feira (10), o prefeito Gilmar Olarte (PP) tornou a dizer que a prefeitura não tem dinheiro para pagar o reajuste de 8,46% para integralizar o Piso 20 horas, previsto na Lei Municipal nº 5.189/2013 e pediu paciência aos professores da Rede Municipal de Ensino.
“O reajuste ainda não foi pago porque não posso ser leviano e irresponsável por algo que não poderei cumprir no momento”, afirmou Olarte. O chefe do Executivo, disse ainda, que a prefeitura não tem dinheiro, por enquanto, para pagar todo o reajuste. “Eu peço que eles confiem e tenham paciência que a hora vai chegar, não me neguei mas não posso ser irresponsável”, ressaltou.
Gilmar Olarte afirmou que assumiu a prefeitura com déficit de R$ 300 milhões e que, atualmente, esse valor reduziu a R$ 50 milhões. “Isso é um ótimo sinal. Vamos passar dezembro com tudo em dia”, disse o prefeito.
Sobre a greve dos professores da Reme, que teve início na quinta-feira, Olarte acredita que não vai resolver o impasse. “A greve não vai resolver. Não estamos deixando de pagar salário, não tem professor sem receber, então, peço paciência para os professores que ganham o melhor salário do país”, afirmou Olarte.
Vereadores
Para intermediar as negociações entre professores e Executivo municipal, o presidente da Câmara Municipal, vereador Mario Cesar (PMDB), se reuniu no sábado (8) pela manhã com o prefeito Gilmar Olarte, representantes da Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), secretários municipais e mais dez vereadores da Capital.
O presidente da Casa de Leis, Mario Cesar, considerou a reunião produtiva. “Diferente da proposta feita inicialmente pelo prefeito, os professores não aprovaram receber metade do reajuste em maio de 2015 e a outra metade em outubro de 2015”, afirmou o vereador nesta segunda-feira (10).
Segundo Mario Cesar, durante a reunião, chegou a um consenso para que o Executivo reajustasse 3% até o fim deste ano, e o restante seria escalonado chegando aos 8,46% até maio de 2015. “Os professores vão decidir isso em assembleia ainda. Sabemos da situação da prefeitura e da Lei aprovada e que tem que ser cumprida”, disse o presidente da Câmara.
Para o vereador, esta última proposta não foi muito bem recebida. “Mas vão levar para assembleia hoje e acho que agora vai dar para o problema ser resolvido”, avaliou Mario Cesar.