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Bem-Estar Domingo, 04 de Novembro de 2018, 11:56 - A | A

Domingo, 04 de Novembro de 2018, 11h:56 - A | A

Coluna Bem-Estar

Brasil é o segundo país que mais faz cirurgias plásticas

Por Pérola Cattini

Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Procedimentos estéticos são realizados para melhorar a aparência e corrigir imperfeições provenientes do nascimento ou de doenças

Istock Photos

ColunaMarcoEusébio

O Brasil está em segundo lugar com mais cirurgias plásticas no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O número de intervenções estéticas é influenciado por uma série de fatores, como a aceitação dos indivíduos sobre seu corpo e sua personalidade, a história de vida, o contexto social e os próprios padrões praticados e incentivados pela sociedade e pela mídia.


Em entrevista para o jornal Hoje Centro Sul, o psicólogo Mauricio Wisniewski explica a motivação para esses procedimentos. “Entre os principais está a necessidade de melhorar a autoestima, que é oriunda da cobrança social de se ter um corpo que responda aos modelos impostos como bonitos e saudáveis”, diz. As cirurgias plásticas também trazem uma transformação psicológica de alto impacto, porque mudam a forma como a pessoa se avalia e o efeito disso nas relações.


Apesar disso, os procedimentos podem, sim, ter um efeito positivo. Toda mudança de imagem corporal, no entanto, pode ter o acompanhamento  de um psicólogo. Esse profissional está habilitado a ajudar o indivíduo a construir uma nova autoimagem de si mesmo ou até mesmo de ressignificar a opinião que se tem sobre o próprio corpo, a despeito dos estímulos externos e estabelecimentos de padrões sociais.


Apesar dos procedimentos com fins puramente estéticos, existem as cirurgias corretivas. Elas corrigem problemas que podem gerar traumas desde a infância. Nesses casos, os próprios pais acabam procurando por procedimentos de correções das chamadas orelhas de abano (otoplastia) e do nariz (rinoplastia). Muitas das imperfeições são adquiridas por causa de alguma doença, como o câncer. Outras estão presentes desde o nascimento.


De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), as intervenções para fins reconstrutores ou puramente estéticos cresceram 23% e 8%, respectivamente, em comparação com o ano de 2014. O grande destaque foi em relação ao crescimento de alternativas menos invasivas. A aplicação de toxina botulínica (botox) e preenchimentos em geral tiveram aumento de incríveis 390% em dois anos. Hoje, representam 47,5% do total de procedimentos. Em 2014, esse percentual era de 17,4%.


As intervenções estéticas mais comuns são implante de silicone nos seios, lipoaspiração, abdominoplastia, mastopexia (cirurgia para levantar os peitos) e mamoplastia. As cirurgias reconstrutoras mais comuns são a cirurgia para corrigir traços do câncer de pele, pós-bariátrica (para retirar o excesso de pele) e a reconstrução mamária. A pesquisa foi feita com dados de 1.218 membros da SBCP.


Antes de fazer um procedimento cirúrgico estético, no entanto, é necessário verificar se o profissional trabalha de forma regular. O médico cirurgião plástico, para atuar no Brasil,  deve estar inscrito na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Além disso, os procedimentos precisam ser realizados em clínicas especializadas. De acordo com a SBCP, existem cerca de 12 mil profissionais trabalhando de forma irregular no país. Eles colocam os pacientes em risco de deformidade, erros irreversíveis e até morte.

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