Mesmo depois de período difícil com pandemia, setor começa a dar sinais positivos sobre retorno de suas atividades
O ramo da construção civil sempre foi um dos maiores setores do país. Responsável por 6,2% do PIB, ela representa 34% de todas as indústrias brasileiras, que ainda geram 24% do total de vagas de empregos em território nacional, segundo dados publicados da ACMA.
Porém, apesar de sua importância, nem mesmo ela passou intacta diante dos problemas que a pandemia trouxe para o mercado. Devido às regras de distanciamento social, que visavam impedir a propagação da Covid-19, muitas empresas do ramo tiveram de paralisar suas atividades, e com isso houve uma queda no mercado.
Essa paralisação acabou não afetando somente a construção, mas também áreas relacionadas, como empresas de cimento, azulejos e blocos, e a lista continua por muito e muito tempo, com consequências desastrosas para nossa economia.
Segundo dados do IBGE, o PIB (Produto Interno Bruto) registrou uma queda de 4,1% em 2020, se comparado com 2019, graças à pandemia do coronavírus e os impactos que ela teve em diversos setores.
Porém, graças à vacinação brasileira, que está tendo uma evolução satisfatória, segundo especialistas, e as coisas estão gradualmente voltando ao normal, o setor de construção civil tem se mostrado um dos mais aquecidos no ano de 2021.
A atividade da construção civil registrou em outubro o seu melhor desempenho no ano, segundo dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria) do dia 24 de novembro. O indicador marcou 51,7 pontos no mês, sendo o segundo resultado positivo consecutivo.
Segundo a CNI, a construção civil sinaliza a maior alta na atividade econômica de 2021, e grande parte disso se deve aos empresários. O índice de interesse foi de 44,5 pontos, superando a média histórica de novembro de 2014, onde registrou 35,4 pontos.
O índice de empregados no setor se manteve em perspectiva, ficando acima da linha divisória de 50 pontos, chegando em 50,3, o que sinaliza a recuperação de empregos no setor e ajuda na retomada do giro econômico do país.
A expectativa de novos empreendimentos se mantém também estável em relação a outubro, com 54,2 pontos. Houve somente uma baixa de matérias-primas e insumos, de 0,8 ponto e 0,6 ponto para 55,1 pontos e 54,4 pontos, respectivamente.
Isto só mostra quanto o mercado de construção civil se mantém aquecido e com oportunidades para estudantes do curso de engenharia civil, além de pessoas que buscam uma colocação no mercado de trabalho.