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Cresce em 42% o consumo de alimentos a base de plantas, entenda o comportamento do consumidor desta geração

Por Luisa Pereira

Da coluna Geração Agora
Artigo de responsabilidade do autor

Conhecido como plant-based, esse movimento tem conquistado cada vez mais espaço na população, em grande parte devido à influência das gerações atuais

Reprodução/Freepik

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Novos hábitos alimentares vêm ganhando espaço na vida de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, uma tendência crescente é o mercado plant-based, que prioriza a produção de alimentos à base de plantas em vez de produtos de origem animal.

O The Good Food Institute (GFI) revelou que o consumo dessa categoria de alimentos no Brasil aumentou 42%. Além disso, a expectativa é que as vendas ultrapassem R$ 1 bilhão nos próximos anos.

Desde a adoção de hábitos mais saudáveis até a necessidade de substituir a carne no cardápio, diversos fatores explicam esse movimento no país. Além disso, os alimentos à base de plantas também contribuem para uma maior sustentabilidade na indústria alimentícia.

O que são alimentos à base de plantas

Os alimentos à base de plantas, conhecidos como plant-based, evitam o consumo de qualquer produto de origem animal, utilizando ingredientes 100% vegetais nas receitas.

O objetivo deste estilo de vida é dar prioridade a alimentos naturais, como frutas, legumes, sementes e castanhas. Além disso, é possível recriar pratos que geralmente levam carne, como salsicha e hambúrguer.

A dieta plant-based tem ganhado popularidade por evitar alimentos refinados ou ultraprocessados, dando preferência a opções frescas que passam por poucas modificações na indústria.

Como alguns nutrientes podem faltar sem a devida orientação, é importante que os adeptos consultem um nutricionista para garantir uma dieta mais completa.

Relação do crescimento com a geração Z

A geração Z se refere à população nascida a partir de 1995. Esse grupo mais jovem tem ganhado cada vez mais influência no mercado e, com maior acesso à informação e à tecnologia, é capaz de modificar tendências de acordo com seus interesses.

Um dos movimentos promovidos por essa geração está na busca por uma rotina mais saudável, o que afeta diretamente o cardápio diário. Há um aumento na procura por pratos que oferecem benefícios à saúde, além de uma crescente preocupação com a sustentabilidade.

Nesse cenário, a dieta plant-based tem se tornado atrativa para os jovens interessados em inovações e práticas que promovem um consumo alimentar mais natural. Além disso, fatores como a curiosidade e a influência para outros membros da geração ajudam a explicar esse movimento.

Impacto dessa tendência no comportamento do consumidor

Os consumidores têm se tornado mais atentos aos efeitos que os alimentos causam em seu organismo, seja por questões de saúde ou estéticas. A ideia de que uma dieta plant-based utiliza apenas ingredientes vegetais chama a atenção e acabou se tornando uma tendência.

Enquanto a industrialização do setor alimentício cresce, o público está mais consciente dos impactos dessa categoria, principalmente a longo prazo.

Produtos frescos e orgânicos estão associados a benefícios tanto para a saúde pessoal quanto para o meio ambiente. Afinal, a produção de alimentos de origem animal está relacionada ao consumo de recursos naturais e a práticas que contribuem para a crise climática.

A popularização dessa dieta e de outras que restringem certos produtos deve continuar ganhando espaço no futuro. Com isso, a indústria alimentícia tende a se adaptar, ampliando a oferta de opções para os clientes.

Benefícios de uma dieta à base de plantas

O consumo de alimentos à base de plantas traz diversos benefícios para o organismo. Um deles é a prevenção de doenças crônicas, como alguns tipos de câncer e doenças cardíacas.

Os nutrientes possuem propriedades que ajudam a prevenir esses problemas no futuro. Além disso, esses pratos têm menos calorias e mais fibras, o que contribui para a manutenção de um peso saudável.

A dieta vegetal também auxilia na saciedade e no funcionamento adequado do intestino. A variedade de receitas disponíveis permite um cardápio mais flexível e, dependendo da estratégia adotada, com menor custo.

Por fim, esse estilo gera menos impacto ambiental e ainda promove políticas de bem-estar animal, com foco em práticas sustentáveis.

Um dos desafios dessa dieta é a possível falta de alguns nutrientes presentes em alimentos de origem animal. Dessa forma, é importante contar um profissional qualificado, garantindo um cardápio que forneça todos os componentes necessários ao organismo.

Perspectiva para o futuro

A tendência atual aponta para um aumento no número de adeptos ao consumo de alimentos à base de plantas, tanto no Brasil quanto no mundo. Os benefícios dessa prática têm se tornado mais conhecidos, tanto para a saúde quanto para a sustentabilidade.

A indústria alimentícia entende essa mudança e está se ajustando, adotando práticas alinhadas aos interesses da nova geração. Atualmente, é possível notar que essa demanda tem influenciado o mercado, incluindo restaurantes especializados nesse tipo de cardápio.

Além disso, esse movimento pode ser lucrativo, com valores bilionários sendo atingidos nos últimos anos. Por isso, é importante considerar as vantagens e avaliar se vale a pena adotar essa prática, no âmbito pessoal e profissional.

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