Juízes de Mato Grosso do Sul vão atuar em esforço concentrado para julgar 2.623 processos em andamento em primeiro grau, nas 54 comarcas do estado, envolvendo crimes de corrupção praticados por agentes públicos. A medida foi aprovada em assembleia da Associação dos Magistrados de MS (Amamsul) e visa demonstrar apoio a Operação Lava Jato, que, conforme a entidade, virou alvo de ataques de políticos por meio de propostas como o Projeto de Lei do Senado nº 280/16, que define crimes de abuso de autoridade; e a PEC 62, que pretende vedar a vinculação remuneratória automática entre subsídios de agentes públicos. "Os ataques são represálias coordenadas pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado em 12 casos, em uma tentativa de enfraquecer o Poder Judiciário e a magistratura brasileira. O movimento tem a nítida conotação de retaliação à Operação Lava Jato, sob o comando do juiz Sérgio Moro, para quem declaramos nosso apoio irrestrito", disse o presidente da Amamsul, Luiz Felipe Medeiros Vieira.
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