A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) provocou um bate-boca que levou à suspensão da sessão da comissão do impeachment hoje no Senado ao atacar o discurso do "golpe" e rebater declarações de parlamentares petistas que, sem citar nomes, acusam senadores do PMDB de tramar para acabar com a operação Lava Jato.
Cobrando "respeito" aos colegas e defendendo que "a verdade seja restabelecida", Simone afirmou: "É interessante a memória seletiva daqueles que apontam por parte de alguns parlamentares do meu partido atitudes ditas golpistas ou numa tentativa de apagar ou acabar com a Operação Lava Jato. Esses mesmos parlamentares pertencem a um partido que não apenas fala, mas escreve numa resolução assinada pelo seu partido em maio deste ano: a Operação Lava Jato desempenha papel crucial na escalada golpista”, disse a senadora.
Lendo trecho de cópia da resolução do PT, Simone prosseguiu: "Fomos descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem nas estruturas no mando da Polícia Federal, e do Ministério Público Federal, modificar os currículos das academias militares, fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação".
Em seguida, referindo-se aos petistas, a senadora emendou: "É este o partido que me chama de golpista e que diz que os meus parlamentares colegas deste plenário estão querendo abafar ou acabar com a Lava Jato". Sem citar nome, Simone disse que um parlamentar petista, "numa conversa com advogado do ex-presidente Lula, trama contra as instituições, conclamando um Estado que não é direito, querendo virar este País do avesso".
A fala de Simone provocou reclamações dos senadores petistas Lindberg Farias (RJ) e Gleisi Hoffman (PR) que pediram apartes, que não foram concedidos pelo presidente da sessão por não considerar o assunto questão de ordem.
Veja aqui o vídeo.
Leia a coluna de hoje clicando aqui em Marco Eusébio in Blog
LEIA A COLUNA DE HOJE CLICANDO AQUI EM MARCO EUSÉBIO IN BLOG
• • • • •