Reprodução de vídeo
Bolsonaro na Jovem Pan do Paraná: 'o presidente comemorou quando Lula foi solto'
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro declarou na quinta (02) em entrevista ao Jornal da Manhã Paraná, da Jovem Pan, que o presidente Jair Bolsonaro "comemorou" quando o ex-presidente Lula foi solto em 2019 após o Supremo rever seu entendimento sobre a prisão após condenação em segunda instância, já que isso atenderia os interesses eleitorais do capitão, que foi eleito como um "anti PT" e precisa alimentar essa suposta rivalidade para convencer eleitores a continuarem votando nele. Questionado sobre uma declaração de Bolsonaro à rádio, que disse ter se sentido "traído" por ele, Moro lembrou que quando o Supremo colocou em revisão a prisão em segunda instância visitou ministros da Corte e, depois, tentou reverter a decisão junto a parlamentares no Congresso, enquanto o presidente Jair Bolsonaro teria ficado inerte, inclusive comemorando, pois a soltura do petista poderia beneficia-lo eleitoralmente com o temor de eleitores à volta do PT ao poder.
"Depois que o Supremo reviu essa decisão, eu trabalhei junto ao Congresso por uma emenda constitucional e por um projeto de lei para reestabelecer a execução em segunda instância. Não adianta nada você ficar relcmanado, tem que construir – e foi isso que eu fiz. O presidente não fez nada e, na verdade, o que a gente sabia é que o Planalto, o presidente comemorou quando o Lula foi solto, lá em 2019, porque ele entendia que aquilo beneficiava ele eleitoralmente", afirmou o ex-ministro. Moro disse ainda que, após Lula ser solto, um dos filhos do presidente postou publicação nas redes sociais criticando a prisão em segunda instância e teve de apagar depois. "Foi um episódio constrangedor", classificou. Veja abaixo em vídeo a entrevista.
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Tucano diz ser possível aliança com Moro
Governo de SP/Arquivo
Doria durante entrega de medalha do governo paulista ao então ministro Moro em 2019
A propósito, o presidenciável tucano João Doria também disse ser possível uma aliança com Sérgio Moro, pré-candidato do Podemos à Presidência. "Eu tenho boas relações com Sergio Moro e tenho respeito por ele, não haveria nenhuma razão para não manter relações com alguém que ajudou o Brasil, com alguém que contribuiu com a Lava Jato, assim como Simone Tebet, uma brilhante senadora, e o senador Rodrigo Pacheco, com boa postura e equilíbrio", disse Doria à CCN Brasil, informando que já entrou em contato com alguns pré-candidatos visando traçar planos conjuntos para as eleições de 2022.
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