A Polícia Rodoviária Federal não vai fazer blitz administrativa, nem apreender veículos no primeiro turno das eleições municipais de 2024 no próximo domingo e onde houver segundo turno, no dia 27 de outubro, anunciou o diretor-geral da PRF Fernando Oliveira. A determinação atende a portaria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Ministério da Justiça, do dia 19 deste mês, que proíbe o bloqueio de estradas nos dias de votação, sem comunicação prévia à Justiça Eleitoral. O texto também define que as operações de patrulhamento nas rodovias brasileiras não poderão dificultar o livre trânsito de eleitores. Conforme Oliveira, a PRF vai agir apenas em situações em que houver risco para o cidadão.
A mudança na atuação da PRF acontece depois da intervenção dos agentes na eleição presidencial de 2022, quando operações de fiscalização impediram o voto de eleitores no segundo turno, especialmente no Nordeste, onde o então candidato Lula (PT) aparecia como favorito nas pesquisas, e acabou derrotando o então presidente Jair Bolsonaro (PL). O diretor da PRF na época, Silvianei Vasques, foi indiciado com outros quatro policiais e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, por restrição, impedimento ou dificultação, com emprego de violência física ou psicológica, do exercício de direitos políticos dos eleitores. (Com Agência Brasil)
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