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Tecnologia Domingo, 24 de Março de 2019, 11:58 - A | A

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Apple bate recorde na Bolsa de Nova York e alcança US$ 1 trilhão de valor de mercado

Por Gustavo Torniero

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Presidente da empresa afirmou que iPhone pode ficar mais barato em países com moedas desvalorizadas perante o dólar, como o Brasil

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A Apple é a primeira empresa dos Estados Unidos a bater a marca de US$ 1 trilhão (R$ 3,77 trilhões) de valor de mercado na Bolsa de Nova York. A fabricante de iPhone e iPad superou suas grandes concorrentes do setor, como a Amazon, a Alphabet (Google) e a Microsoft. Cada título da companhia californiana custa, em média US$ 207,05 (R$ 783).

Se o valor de mercado é novidade nos Estados Unidos, não é um feito mundial inédito: em 2007, a PetroChina, maior empresa do país asiático em exploração de petróleo, chegou ao mesmo valor em um pregão da Bolsa de Xangai.

A Apple chegou lá por diversos fatores, mas o principal deles foi a motivação dada pela publicação dos seus resultados financeiros. A reação dos mercados se baseou no lucro líquido da empresa de US$ 53,265 bilhões no trimestre, em parte graças às "robustas vendas" do iPhone, dos serviços da Apple e dos seus produtos "wearable".

No terceiro trimestre do ano passado, a fabricante vendeu 41,3 milhões de unidades do celular, quase as mesmas que nesse mesmo período de 2017, mas o faturamento aumentou para US$ 29,906 bilhões.

O preço médio do iPhone subiu para US$ 724 (R$ 2.732), principalmente pelo modelo iPhone X, que nos Estados Unidos está à venda a partir de US$ 999 (R$ 3.775). O presidente executivo da empresa, Tim Cook, disse à agência Reuters, em janeiro, que pretende recalcular o preço do aparelho em alguns países com grande volume de vendas e moedas desvalorizadas em relação ao dólar, como o Brasil (cujo iPhone 7 responde pela grande parte do mercado) e a Índia.

"Quando você olha para as moedas estrangeiras e particularmente para os mercados que enfraqueceram no ano passado, os aumentos no preço do iPhone foram obviamente maiores", disse ele. "Avaliamos a condição macroeconômica em alguns desses mercados, decidimos voltar a ser mais compatíveis com nossos preços locais, na esperança de ajudar as vendas nessas áreas", completou.

Os analistas estavam há meses fazendo apostas sobre qual dos gigantes tecnológicos americanos chegaria primeiro ao trilhão de dólares, já que neste ano seu valor da bolsa disparou, a começar pela Amazon (55,18%). A Amazon está em segundo lugar em capitalização, com US$ 876,550 bilhões; enquanto o Alphabet, cujas ações subiram 17,52% desde janeiro, tem um valor de US$ 853,230 bilhões. Em quarto lugar está a Microsoft (25,43%), com US$ 815,910 bilhões.

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