A senadora e ex-presidenciavél Marina Silva, do Partido Verde, em reunião plenária de seu partido no último domingo (17), leu uma carta aberta a Dilma e Serra em que anunciou "independência" em relação à corrida pelo segundo turno da eleição presidencial. Marina afirmou que acredita que essa (independência) é a melhor contribuição ao processo eleitoral.
No primeiro turno, Marina obteve 19,6 milhões de votos, quase 20% dos votos válidos. O apoio dela e do PV era cobiçado por Dilma e por Serra, que enviaram cartas à senadora destacando afinidades entre os planos de governo, já que a disputa está acirrada neste segundo turno.
Na carta lida pela candidata, Marina diz: "Quero afirmar que o fato de não ter optado por uma alinhamento neste momento não significa neutralidade em relação aos rumos da campanha. Creio mesmo que uma posição de independência, reafirmando ideías e propostas, é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro".
Outras lideranças do PV defenderam o posicionamento de Marina quando discursaram antes dela na plenária, entre elas o ex-candidato a vice pelo PV, Guilherme Leal, o vice-presidente do partido e deputado eleito, Alfredo Sirkis, o ex-candidato ao Senado Ricardo Young e o deputado Zequinha Sarney. Fernando Gabeira, candidato ao governo do Rio de Janeiro, derrotado em primeiro turno, não declarou seu posicionamento em sua fala.
O presidente nacional do PV, José Luiz Penna, disse que dos 92 votantes na plenária, quatro não votaram pela posição de "independência". De acordo com ele, a votação contou com delegados do PV e 15 representantes da sociedade, sem filiação partidária.
Marina Silva fez críticas ao que chamou de "dualidade destrutiva" entre PT e PSDB, comparada por ela às oposições entre MDB e Arena no regime militar e a republicanos e monarquistas no período imperial.
Sobre o seu voto no segundo turno, Marina Silva preferiu não revelar. "O voto é secreto e para manter a minha independência no processo político, eu vou reservar esse direito de eleitora que eu tenho", declarou.
Cargos
Marina Silva negou que setores do partido pretendessem obter cargos no futuro governo e rejeitou a hipótese de aceitar algum cargo, caso seja convidada pelo vencedor da eleição.
A senadora disse considerar já ter dado a sua contribuição durante mais de cinco anos como ministra do Meio Ambiente do governo Lula e em 16 anos no Senado. "Às vezes, a gente contribui mais fora do governo do que dentro", disse. (Com informações do G1)
Por Lucas Junot - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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