O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou na quarta-feira 20 pessoas envolvidas na organização criminosa que explorava jogos de azar em dois cassinos de Campo Grande (Caju e Mansão), com braço na Bolívia (El Pantanal). Entre os crimes estão falsidade ideológica, documentos falsos, prática de jogo de azar, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A denúncia foi feita por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
A operação, denominada Las Vegas, foi realizada no dia 20 de maio, cumpriu 17 dos mandados de prisão, apreendeu R$ 77 mil e mais US$ 1,7 mil, além de 97 máquinas caça-níqueis, computadores, notebooks, 18 veículos e uma aeronave. Na semana seguinte a operação, Luís Marcelo Villalba Campista, que não havia sido encontrado, acabou se entregando, já Marcelo Santana Vaz continua foragido.
De acordo com a Promotora de Justiça Jiskia Sandri Trentin, também foi pedida a prisão preventiva de Marcelo da Silva Sena, 22 anos, pois ele também emprestou o nome para a abertura de uma das empresas utilizadas pela organização – Marcelo da Silva Sena-ME.
Segundo as investigações, a organização que praticava uma série de crimes comuns e militares, funcionava há pelo menos três anos e era comandada pelo major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, que mantinha um cassino na Bolívia. A organização também realizava a jogatina pela internet, onde o apostador comprava um cartão e fazia o jogo eletrônico, e ainda vendia raspadinhas que ofereciam prêmio de R$ 450 mil.
Denunciados
O major da PM aposentado Sérgio Roberto de Carvalho (chefe do esquema), Nedina Pereira da Silva (gerente dos escritórios), Cláudia Pompeu de Carvalho (gerente do cassino Mansão ou Casarão, na Vila Planalto), Paula Jaqueline Lopes (gerente do Cassino Caju, no bairro São Francisco), Paulo Roberto Xavier (capitão da PM - gerente de logística e segurança da organização), Odilon Ferreira da Silva (auxiliar da gerente Nedina) e Marco Massaranduba (cabo da PM e teria a função de auxiliar do capitão Paulo Roberto Teixeira), Samuel Ozório Júnior (gerente geral da organização), Marcos Aurélio de Freitas (responsável pela distribuição das máquinas nos pontos), Robson Ribeiro Motta (responsável pela distribuição de máquinas nos pontos), Marcel Rodrigo de Carvalho Simões (responsável pela montagem, inserção da programação dos jogos e pelo conserto das máquinas caça níqueis da organização), Maicon dos Anjos Mussi (auxiliar do Marcel), Diones Magalhães Silva (emprestou o nome para abertura de uma empresa utilizada pela organização, além de fazer serviço de rua, como contato com bancos e de ordem administrativa para a organização), Marcelo Pereira de Souza (contador da organização), Luiz Bernando da Silva Filho (responsável pela distribuição de máquinas em Campo Grande) e Andrey Galileu Cunha (teria sociedade com o chefe da organização criminosa no Cassino Caju), Luís Marcelo Villalba Campista (auxiliar de técnico de informática), Marcelo Da Silva Sena (emprestou o nome para abertura de uma empresa utilizada pela organização). Marcelo Santana Vaz está foragido.