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Política Terça-feira, 25 de Agosto de 2009, 12:37 - A | A

Terça-feira, 25 de Agosto de 2009, 12h:37 - A | A

Jerson Domingos (PMDB) afirma que candidatura solo de Zeca do PT ao governo seria \"kamikaze\"

Marcelo Eduardo e Jefferson da Luz - Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Com as coisas conturbadas no Senado para o presidente da Casa de Leis, José Sarney (PMDB-AP), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou pessoalmente para que a bancada federal do partido da estrela vermelha votassem em prol do arquivamento de todas as denúncias contra Sarney.

Agora, antes de se completar uma semana de sua intervenção direta na permanência de Sarney no cargo, Lula se reuniu com os principais nomes do PT e do PMDB para discutir as alianças para disputas federais e estaduais de 2010. Em pauta, o Mato Grosso do Sul preocupou ambos os lados, já que, ambas as legendas são adversárias históricas por aqui. Outros cinco Estados se incluem na mesma situação, segundo matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira.

Hoje, 25, durante a sessão na Assembleia Legislativa, parlamentares dos dois partidos discutiram o assunto.

Para o deputado estadual Amarildo Cruz (PT), “o Diretório Nacional reconheceu a dificuldade de alianças nestes Estados [Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco e, “um pouco menos pior”, São Paulo e Bahia, seriam os outros Estados, além de Mato Grosso do Sul, segundo a Folha].

Amarildo acredita que a imagem do presidente da República ficou abalada ao defender explicitamente o presidente do Senado. “O Lula se expôs demais quando pediu parra a bancada federal do partido votar pelo arquivamento [das denúncias].”

Todavia, Amarildo viu com bons olhos a afirmação de candidaturas apartadas nesses seis Estados. “O Diretório Regional ter a possibilidade de uma candidatura própria é boa. Mas, se tiver com bons números nas pesquisas e bom apoio popular, se não, não vale a pena”, disse ao Capital News.

Kamikaze

Já o presidente da Casa de Leis do Estado, o peemedebista Jerson Domingos, acredita que ainda é possível uma aliança entre PMDB e PT por aqui. Incluindo na proporcional (para deputados estaduais e federais). “Se o PT sair sozinho, vai conseguir menos do que tem hoje [são quatro deputados estaduais e um federal]. E, no governo, acho a candidatura do Zeca kamikaze [palavrra que refere-se a um ataque suicida usado por pilotos japoneses na segunda guerra mundial]. Me baseio em números para afirmar isso. O Zeca aparece com 40% contra 54% de aprovação de André”, afirma ao Capital News.

André chegou a falar que se o PT não se coligar ao PMDB está “morto”. O governador ofereceu uma vaga ao Senado para os históricos adversários. Quanto à candidatura a vice, soltou um “vá de retro Satanás!”.

Zeca, por sua vez, descarta veementemente quaisquer alianças com o PMDB.

Conforme a Folha de São Paulo, “Lula tem dito a aliados que ajudar Sarney é importante para atrair o PMDB para um apoio oficial à candidatura de Dilma nas eleições do ano que vem. Isso aumentaria em quase cinco minutos o tempo de TV da candidata do governo, decisivo numa campanha num país tão vasto como o Brasil, onde é impossível aparecer em carne e osso mesmo diante de uma parcela ínfima dos mais de 100 milhões de eleitores.”

Ainda de acordo com a Folha, um dos presentes na reunião (sem citar nome), disse que o trabalho nestes Estados seria para “não haver troca de tiros”.

Participaram da reunião com Lula, segundo a Folha, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, o presidente interino do PMDB, Michel Temer, o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), e o líder do governo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O encontro foi ontem à tarde, na sede da Presidência em São Paulo.

Por: Marcelo Eduarrdo e Jefferson da Luz - Capital News
 

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