A tendência do PSDB é manter o apoio já tradicional ao governador André Puccinelli (PMDB) na tentativa de sua reeleição em detrimento de uma candidatura própria, segundo a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, de Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa. Ela esteve em evento do Serviço Social de Apoio às Micro e Pequenas em Mato Grosso do Sul (Sebrae-MS), na Praça Ary Coelho, na manhã desta segunda-feira (25).
Membro do PSDB, Tereza acredita que a possibilidade do partido de que a ligação a André continue é bem mais provável, mas, faz ressalvas. “Em política, tudo é possível.”
O nome da senadora Marisa Serrano, vice-presidente nacional dos tucanos, é defendido por boa parte do Bloco Democrático Reformista (BDR) – formado por PSDB, DEM e PPS.
Murilo Zauith, atual vice-governador e pré-candidato a senador pelo DEM, seria um dos que gostaria de manter a união com André.
O mais “arredio” dos três compositores do blocão à aliança com André seria o PPS. O partido não possui nenhuma secretaria considerada essencial como PSDB e DEM e estaria insatisfeito com a atual participação que a gestão estadual lhe confere.
Na semana passada, o presidente regional do PPS, Athayde Nery e a senadora Marisa Serrano se reuniram no escritório do senador Carmelino Rezende, ex-candidato a prefeito da Capital e senador. Ben Hur, outro ex-candidato a prefeito da Capital, também estava presente. Em discussão estaria uma tentativa de convencer Marisa a lançar-se candidata.
Todavia, para Tereza Cristina, a tendência é os tucanos permanecerem com o atual governador.
“Ainda tem muita agua para rolar. O PMDB também ‘tá’ numa incerteza [refere-se ao fato de nacionalmente apoiar o PT ou lançar-se sozinho à Presidência]. O presidente Lula começou a campanha muito cedo. Ele tinha que lançar a Dilma [Roussef, ministra-chefe da Casa Civil] logo porque ela não é muito conhecida. Então, por esse começo cedo, gerou-se muitas especulações. O nosso candidato [José Serra, atual governador de São Paulo] tem que ter um palanque aqui em Mato Grosso do Sul”, disse. Tereza afirmou que acompanha o que o PSDB decidir.
Mas, ela evita falar sobre a pressão do PPS dentro do BDR. "Faz parte do jogo político. Eu sou do PSDB, meu partido é o PSDB e defendo o que ele decidir. Nossa senadora [Marisa] é uma pessoa respeitada, com grande trânsito em Brasília. Então, é natural que o nome dela possa ser colocado como possibilidade. Faz parte do jogo político."
Campanha
Tereza confirmou que é pré-candidata a deputada federal este ano. Ela deve deixar o primeiro escalão de André no último dia permitido em lei, 31 de março.
Segundo ela, não houve, até o momento, determinação do governador para que os secretários deixassem os cargos no momento em que ele escolhe-se.
“Os cargos ao de confiança, são dele. Mas, não houve imposição nenhuma”, disse.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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