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Interior Segunda-feira, 19 de Abril de 2010, 10:28 - A | A

Segunda-feira, 19 de Abril de 2010, 10h:28 - A | A

Sem-terra liberam as oito rodovias estaduais

Lucia Morel e Jefferson Gonçalves - Capital News

Os oito trechos das rodovias estaduais bloqueados nesta manhã de segunda-feira (19) em Mato Grosso do Sul já foram liberadas segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Mato Grosso do Sul (Fetragri). O diretor de meio ambiente e reforma agrária da entidade, Adão de Souza Cruz, explica que o último local a ser liberado foi a MS-060, entre Campo Grande e Sidrolândia, por ser a mais movimentada. Houve congestionamento de até sete quilômetros. O presidente da entidade, Geraldo Teixeira, confirmou o desbloqueio.

 

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Pelo menos 600 pessoas participaram da manifestação
Foto: Deurico/Capital News

Ao menos 600 pessoas interditaram o trecho desde às 7h, sendo cerca de 3 horas 30 minutos de bloqueio. No restante do Estado, os locais onde havia interdição eram: a MS 060, entre Campo Grande e Sidrolândia; a mesma rodovia, mas no trecho entre a Capital e Ribas do Rio Pardo; a MS-295 entre Iguatemi e Eldorado; a MS-276, entre Nova Andradina e Iguatemi; a MS 164 em dois trechos - próximo à Fazenda Itamarati e ao Trevo de Antônio João, além de rodovias nas cidades de Bodoquena, Nioaque e Ponta Porã.

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A interdição provocou cerca de sete quilômetros de congestionamento
Foto: Deurico/Capital News

Os manifestantes marcaram uma reunião com o superintendente do Incra em Mato Grosso do Sul, Waldir Cipriano Nascimento, mas ainda não há informação sobre o horário. Conforme Adão, o protesto quer pedir celeridade da União na compra de terras pelo Incra. “Esse procedimento está atrasado em pelo menos dois anos”, disse. Há 15 mil hectares de terras que aguardam liberação no Estado para destinação à reforma agrária.

Os recursos do governo federal destinados a compra de terras para reforma agrária são liberados através dos Títulos da Dívida Agrária (TDAs).

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Diretor de meio ambiente e reforma agrária da entidade, Adão de Souza Cruz
Foto: Deurico/Capital News

Sobre a interdição das pistas, Cruz destacou que “as pessoas têm que entender que a gente está brigando pelos direitos dos trabalhadores rurais, que em sua grande maioria garantem a comida dessas pessoas que estão nas rodovias”, afirmou.

No dia 12 de maio, acontece em Brasília o Grito da Terra Brasil e os bloqueios já são o início das manifestações pela data. Após o Grito, será elaborado um documento que será entregue ao presidente Luís Inácio Lula da Silva. Em Mato Grosso do Sul, pelo menos 7 mil famílias ligadas à Fetagri esperam por um pedaço de terra.


Por: Lucia Morel e Jefferson Gonçalves - (www.capitalnews.com.br)

 

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