Valter Pereira vai a convenção de aliados de Zeca e dá a entender que apoia maior adversário do PMDB-MS

Marcelo Eduardo e Eduardo Penedo - Capital News

O senador peemedebista Valter Pereira, contra o próprio partido, está neste instante na convenção do PDT dando a entender que apoiará - aind aque não declaradamente - José Orcírio Miranda dos Santos (PT) e não seu colega de sigla André Puccinelli ao governo do Estado. Ele chegou sorridente aparentando felicidade na Associação Nipo-Brasileira, na saída para Três Lagoas, onde, nesta manhã de domingo (27), é realizada a convenção pedetista. Zeca, sua mulher Gilda Santos, o senador Delcídio do Amaral, o deputado federal Vander Loubet e o presidente regional Marcus Garcia (todos do PT) estão no estabelecimento neste instante, além do deputado federal Antônio Cruz (PP).

“Não estou aqui para dar recado para ninguém. Sempre tive o costume de ir às convenções dos outros partidos. Ainda mais no PDT e PT que vieram do berço do PMDB”, comenta com a imprensa.

Indagado se pediria apoio a Zeca e não a André, o senador diz que não aparecerá ao lado do atual governador. “No palanque do André eu não subo. Mas, subo no palanque da Dilma.” Alertado em sequencia de que no palanque da Dilma estaria Zeca, Valter “deu de ombros”, mostrando-se aparentemente indiferente ao que ocasionaria à tentativa de reeleição.

Valter rompeu relações políticas e pessoais com André após a perda para o deputado federal Waldemir Moka nas prévias do PMDB para saber quem disputaria uma vaga ao Senado indicado pelo partido. Isso foi em março e o parlamentar afirma que, com apoio do governador, seu adversário levou vantagem de forma ilegal na disputa.

Como convidado, discursou antes de conceder entrevista à imprensa. “Estou muito alegre e contente ao estar aqui na casa do PDT encontrando amigos da velha guarda. Vim, principalmente, pelo Dagoberto Nogueira. Eu o lancei na vida política, quando ele era chefe do gabinete quando eu era deputado estadual. Aqui é um partido parceiro do PMDB, já que o PMDB, o PT e o PDT fazem parte de uma aliança nacional que vai eleger Dilma Rousseff [PT] e Michel Temer [PMDB] na eleições deste ano”, enfatiza Valter, durante seu discurso.

Em determinado momento do discurso, o senador deixa pista de que estaria “cutucando” o desafeto André. Quase sempre, é possível ouvir da oposição ao governo do Estado chamar a atual gestão de autoritária. Pois bem... em sua fala, Valter dispara: “Na casa do PDT fico à vontade. Já que o PDT e o PT nasceram do ventre do PMDB quando viviam na ditadura. O PMDB é um partido que finca raízes e tem respeito pelos companheiros. PDT, PV e PT vão andar juntos. Estamos eleitos pela vitória da democracia e liberdade sobre a arrogância.”(modificado às 11:33 e às 11:42 para acréscimo de informações)

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