Sexta-feira, 19 de Abril de 2024


Cotidiano Quarta-feira, 11 de Março de 2020, 13:46 - A | A

Quarta-feira, 11 de Março de 2020, 13h:46 - A | A

Dados

Campo Grande tem queda em áreas de situação de risco para infestação do Aedes

Conforme o Controle de Endemias, o índice saiu de sete para apenas 1 área com índice superior a 3,9%.

Flávio Veras
Capital News

Divulgação/ PMCG

Baldes são o principal criadouro de mosquito na Capital

 

O Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) do segundo ciclo de 2020, divulgado nesta quarta-feira (11) apontou uma redução na quantidade de áreas em situação de risco em relação a janeiro deste ano. De acordo com a Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), o índice saiu de sete para apenas 1 área com índice superior a 3,9%. 

 

Ainda conforme o órgão, houve redução também no número de áreas em alerta e, consequentemente, aumento de áreas com índice satisfatório. O levantamento também apontou, uma área está em situação de risco, 39 em alerta e 28 aparecem com índices considerados satisfatórios – abaixo ou igual a 1% de infestação. No LIRAa divulgado em janeiro, sete áreas estavam em estado de risco, 43 em alerta e 18 com índices satisfatórios.

 

A área mais crítica era a UBSF Iracy Coelho – que abrange os bairros Iracy Coelho, Vila Nogueira, Centenário, Aimoré, entre outros –  que apresentou Índice de Infestação Predial (IPP) de 8,6%.  Segundo o levantamento divulgado hoje o índice caiu para 2,3%.

 

A redução mais significativa foi registrada na área da UBSF Azaléia, passando de 7,4% para 1% de infestação, saindo de risco para satisfatório.

 

As áreas das UBSFs Jardim Antártica , Alves Pereira, Sírio Libanês , Maria Aparecida Pedrossian e e Jardim Noroeste, que apareciam no ranking de alto índice de infestação, também  tiveram redução significativa. Atualmente, a única área considerada   crítica é da UBS São Francisco, com 7% de infestação. O link para download do levantamento completo de  janeiro de 2020 e de março de 2020 estão disponíveis clicando nas respectivas datas.

 

Para secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, o resultado  considerado positivo é reflexo das ações que vêm sendo intensificadas desde o fim do ano passado e parte se deve ao apoio da própria população, que têm auxiliado no trabalho de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti.

 

“Isso mostra que nossas ações têm feito a diferença. Temos trabalhando diariamente com o apoio de todas as secretarias para evitar que o nosso município e nossa população sofra ainda mais com as doenças transmitidas pelo mosquito (Aedes aegypti), como a dengue, zika e chikungunya. No entanto, isso não significa que a gente pode relaxar agora. Temos que continuar atuando e contando com a colaboração da população para reduzir ainda mais esses índices”, comentou.

 

O secretário chama a atenção para o fato de 80% dos focos ainda serem encontrados dentro das residências, em objetos passíveis de descarte na coleta de lixo comum.

 

“Diferente do que muita gente pensa, a maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, disse.

 

Mosquito Zero

 

No início deste ano, a Prefeitura de Campo Grande lançou a “Operação Mosquito Zero -É matar ou morrer”, com o objetivo de potencializar as as ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, com o apoio de todas as secretarias.

 

Até o momento, mais de 21 mil imóveis foram inspecionados, 15 mil depósitos e 1,3 mil focos do mosquito Aedes aegypti eliminados, além do equivalente a 500 caminhões de materiais inservíveis recolhidos durante as quatro etapas da ação, realizadas até o momento nas regiões Imbirussu, Anhanduizinho, Bandeira e Prosa. Nesta semana, os trabalhos foram iniciados na região do Lagoa, com cinco pontos de coleta e mais de 200 servidores envolvidos.

 

Diariamente, viaturas do fumacê estão percorrendo esses bairros e paralelamente o trabalho de campo está sendo intensificado através das vistorias e orientações a cargo dos agentes de saúde.

 

Dados epidemiológicos

 

Até o dia 11 de março, foram notificados 8.697 casos e quatro óbitos no Município. No mesmo período, foram foram registrados 58  casos de Zika e 33 Chikungunya, respectivamente.

 

 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS