O Governo de Mato Grosso do Sul tem adotado medidas concretas para resolver o problema da falta de água na Reserva Indígena de Dourados. Atuando como mediador, o Estado tem trabalhado em parceria com órgãos federais, lideranças indígenas e autoridades municipais. Entre as soluções adotadas estão a construção de novos poços para captação de água potável e o fornecimento de caminhões pipas, que irão atender as aldeias até que as obras dos poços sejam concluídas.
A proposta de solução foi apresentada na reunião de quinta-feira (29) pela secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiza, juntamente com as autoridades do município de Dourados. A reunião já estava agendada como parte de um planejamento iniciado no ano anterior, com o objetivo de encontrar uma resposta definitiva para o problema.
"Nós, enquanto Estado, desde domingo, dia 24, quando nos foi solicitada ajuda pelo DSEI, disponibilizamos o abastecimento na RID com caminhões pipas da Sanesul. E a questão da água já vem sendo discutida desde o ano passado, quando o Governo do Estado, mesmo não tendo a competência para tal gestão, se propôs a fazer o estudo e a elaboração do projeto para uma solução definitiva", explicou a secretária Viviane Luiza.
Durante a reunião, a secretária destacou o comprometimento do governador Eduardo Riedel com a causa. "O governador nos diz que não há uma classe de cidadãos, não há um cidadão municipal, estadual ou federal, são todos cidadãos sul-mato-grossenses. E nós vamos trabalhar junto com o Governo Federal e demais órgãos para a resolução desse problema que perdura há mais de 20 anos", afirmou Viviane.
O Governo do Estado comprometeu-se a perfurar dois poços nas aldeias Jaguapiru e Bororó, com previsão de conclusão das obras até 15 de março de 2025. Enquanto isso, as aldeias serão abastecidas com caminhões pipas diariamente. O investimento previsto para a obra é de R$ 490 mil. O procurador do Ministério Público Federal, Marco Antônio Delfino de Almeida, destacou a importância da união de esforços entre as esferas estadual, municipal e federal para a resolução do problema. "Esses recursos do Governo Federal, somados aos caminhões pipa e poços do Governo do Estado, representam um incremento muito relevante. Nós verificamos uma sensibilização para uma resolução estrutural", afirmou Delfino de Almeida.