Após quase sete horas de discussões intensas, a Assembleia Geral Extraordinária da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado) foi encerrada às 21h desta terça-feira (10), sem alterações no estatuto da entidade. O evento, que contou com protestos de servidores contra taxas e o atraso da reunião, não resultou em mudanças significativas, apesar das expectativas.
Valdinei Figueiredo, um dos organizadores da manifestação, afirmou que a pauta prevista na ata não foi discutida ou votada. "A pauta, que deveria incluir taxas gerais, foi alterada e não houve benefício para quem contribui. Nada foi votado", comentou, ressaltando o desrespeito aos quase três mil servidores presentes, muitos deles de cidades do interior.
De acordo com Figueiredo, uma das propostas que envolvia a eleição por mandato também não foi votada, o que gerou confusão entre os servidores. "Alguns ficaram em dúvida, mas não houve mudança estatutária", explicou, referindo-se à falta de avanço nas discussões sobre esse ponto específico.
Outro assunto não votado foi a proposta de ajuste nas taxas cobradas pela cobertura assistencial. Atualmente, os valores são de R$ 35 para o titular e R$ 70 para o dependente, mas a alteração proposta não foi apresentada durante a assembleia.
A assessoria de imprensa da Cassems, em nota, defendeu que a reunião seguiu os princípios de gestão democrática e garantiu que todos os temas foram discutidos de forma aberta. A instituição reafirmou seu compromisso com a gestão participativa, destacando a importância da voz ativa dos servidores no processo decisório. A assembleia ocorreu no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes, e foi marcada por problemas de energia elétrica que atrasaram o início do evento.