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Encontro aborda metas da COP15 para biodiversidade

Seminário em Campo Grande discute estratégias para proteger áreas úmidas e garantir a sustentabilidade no Estado

Fernanda Oliveira
Capital News

A Conferência da ONU para a Biodiversidade (COP15), realizada em dezembro de 2022 em Montreal, Canadá, traçou 23 metas globais a serem alcançadas até 2030 e quatro objetivos para serem cumpridos até a metade do século. O Brasil, entre mais de 200 países participantes, se comprometeu a proteger e restaurar a natureza, promovendo um uso sustentável dos recursos e uma economia verde. Este compromisso foi debatido no 1° Seminário Estadual sobre Áreas Úmidas no Contexto Kunming-Montreal, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), em parceria com a Associação Brasileira de Entidades Ambientais (Abema), em Campo Grande.

Durante o seminário, especialistas apresentaram estudos sobre a situação das áreas úmidas, da biodiversidade e dos recursos hídricos em Mato Grosso do Sul e regiões vizinhas, visando subsidiar políticas públicas que atendam às metas estabelecidas na COP15. Entre as metas discutidas, destacam-se a proteção de 30% da biodiversidade e a restauração de ecossistemas degradados. Os palestrantes, incluindo renomados pesquisadores, ressaltaram a urgência de medidas para mitigar a degradação e promover a sustentabilidade nas áreas úmidas, fundamentais para a manutenção da biodiversidade.

Artur Falcette, secretário executivo da Semadesc, abriu o seminário enfatizando a importância do debate para a formulação de decisões eficientes diante das alterações climáticas que afetam os ecossistemas. Os palestrantes trouxeram contribuições valiosas, discutindo desde a degradação das cabeceiras dos cursos d'água até a interconexão entre os sistemas hídrico, energético e alimentar. A implementação do Programa de Serviços Ambientais e um inventário climático de emissões de gases do efeito estufa foram citados como exemplos das iniciativas que Mato Grosso do Sul já está desenvolvendo.

Ao final do evento, Falcette sintetizou as discussões, destacando que o seminário proporcionou subsídios técnicos essenciais para conduzir políticas públicas de forma mais assertiva. As metas estabelecidas na COP15 exigem um esforço coletivo significativo, e o Estado tem se posicionado como um líder nesse processo, refletindo seu papel crucial na preservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos em meio a desafios globais crescentes.

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