Mais de 530 mil imóveis na Grande São Paulo permaneciam sem energia elétrica até a manhã desta segunda-feira (14), conforme informou a concessionária Enel. Na capital paulista, cerca de 354 mil residências ainda estão afetadas pelo apagão. Nos municípios de Cotia, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo, os números também são altos, com 36,9 mil, 32,7 mil e 28,1 mil clientes sem eletricidade, respectivamente.
Segundo informações publicadas pela Agência Brasil, para tentar restabelecer o fornecimento de energia, a Enel reforçou as equipes de campo com profissionais vindos do Rio de Janeiro e do Ceará, além de contar com o apoio de outras distribuidoras de energia. Desde o início do temporal na última sexta-feira (11), mais de 1,5 milhão de chamados foram registrados e atendidos, mas muitas regiões ainda aguardam o restabelecimento completo do serviço.
Desafios após o temporal
As fortes chuvas que atingiram a Grande São Paulo resultaram em mais de 500 ocorrências, atendidas pelas equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Entre as emergências estão quedas de árvores e desmoronamentos de muros, que contribuíram para o caos na região. Sete pessoas perderam a vida devido aos eventos climáticos: três em Bauru, duas em Cotia, uma em Diadema e uma na capital.
Além da energia elétrica, o abastecimento de água também foi impactado. A Sabesp alertou que a falta de eletricidade afeta diretamente o funcionamento das estações elevatórias e dos boosters – equipamentos essenciais para levar água a regiões mais altas. A concessionária solicitou que os moradores economizem o uso da água armazenada em suas caixas residenciais até a normalização do serviço.
Procon-SP investiga falhas
Em meio à crise, o Procon-SP informou que notificará a Enel Distribuição São Paulo para que apresente justificativas sobre a demora na resolução dos problemas. A entidade exige que a concessionária apresente planos detalhados para enfrentar eventos climáticos severos e também está monitorando o impacto em hospitais e outras instalações médicas.
Os consumidores que sofreram prejuízos devido à falta de eletricidade são orientados a registrar suas queixas e formalizar reclamações junto ao Procon-SP. “Estamos atentos aos impactos em setores críticos, como a saúde. É imprescindível que a Enel atue rapidamente para evitar que a situação se agrave ainda mais”, afirmou Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.