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Cotidiano Quarta-feira, 19 de Agosto de 2020, 12:52 - A | A

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Capital

Grupo barrado no aeroporto, consegue embarcar após ação do Procon MS

Empresa alegava que os exames dos estrangeiros para covid-19 extrapolaram o prazo de 72 horas, estipulado por ela

Flávio Veras
Campo Grande

Divulgação/Infraero

Aeroporto Internacional de Campo Grande

Aeroporto Internacional de Campo Grande

Um grupo de 5 portugueses conseguiram autorização para viajar a Portugal após serem barrados pela empresa área, sob a alegação de que os passageiros tinham extrapolado o prazo de 72 horas de entrega dos exames RT-PCR para o novo conronavírus (cocid-19) exigido pela empresa. Segundo o Procon, a empresa alegava que a determinação era do governo português, no entanto, não havia nenhum documento que comprovasse essa medida, apenas um informativo da própria companhia.

 

Conforme o superintendente do Procon MS, Marcelo Salomão, o grupo foi “abandonado” pela empresa, que descumpriu um dos artigos básicos da Lei de Defesa dos Consumidores, que é o acesso a informação. “É um absurdo o que fizeram com eles, simplesmente cancelaram o voo, deram essa justificativa, e depois abandonaram eles a própria sorte. Nós não poderíamos deixá-los sem p direto de voltar ao seu país de origem, gastando a mais do que haviam programado”, explicou.

 

Porém, ainda conforme Salomão, o grupo era formado por seis pessoas, sendo que uma delas não pode embarcar porque não tinha exame. Outra informação passada pelo superintendente, é que os consumidores fizeram os exames, no entanto devido a demanda dos laboratórios particulares, os resultados não ficaram prontos em três dias.

 

“Eles pagaram muito caro nos exames, mas os laboratórios estão atrasando os resultados. A empresa tem que levar em conta que vivemos em uma pandemia e, que esse tipo de situação, é cada vez mais comum”, ponderou.

 

Sobre a situação dos estrangeiros, Salomão falou que não é de responsabilidade do Estado Brasileiro ficar com eles em nosso território, mas sim do governo português. “Chegando no país, o governo local poderá tomar as medidas sanitárias necessárias, pois se existe essa determinação por parte da Saúde do país, cabe a eles deixar esse grupo em isolamento. Quando existe essa dúvida em no Brasil, é dessa forma que agimos”, finalizou.

 

O grupo embarcou há pouco para a cidade de São Paulo, onde fará uma conexão até Lisboa, capital de Portugal.

 

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