Representantes dos diversos órgãos públicos que integram o Centro Integrado de Controle Estadual (Cicoe), o alto comando de prevenção e combate a incêndios florestais no Estado, realizou a primeira reunião de avaliação e planejamento, na sala de reuniões do Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar, em Campo Grande.
O secretário adjunto da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Walter Carneiro Junior, considerou importante a reunião para planejar as respostas que a população espera, a cada nova temporada de seca e agravamento da situação dos incêndios.
“As dificuldades sempre vão existir, com ações preventivas e de combate, com planejamento, como tem sido feito, é possível dar a resposta que é preciso e que a população espera”, salientou.
O Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec/MS) apresentou dados do quantitativo de focos de calor e área queimada durante o ano, bem como a variação de temperaturas e estiagem que fez de 2023 um dos anos mais quentes que se teve registro. Ainda, as previsões para 2024, que deve ter inverno seco e períodos longos de baixa umidade do ar e temperaturas elevadas, o que acaba favorecendo o surgimento de focos de calor.
O calendário de eventos sugeridos para o ano foi apresentado pelo tenente coronel Leonardo Congro, que destacou os cursos, seminários e oficinas de formação de combatentes e campanhas de conscientização da população para a importância de evitar queimadas e as medidas que devem tomar sempre que surja um foco de calor.
“Desde 2020 temos visto uma redução significativa tanto na área queimada quanto no número de incêndios, ao passo que aumenta a eficiência da resposta dos agentes públicos no combate a esses incidentes. Tanto que no ano passado, embora tenha sido extremamente quente e com poucas chuvas no período do Inverno e Primavera, não sofremos os danos severos de outros anos atrás”, frisou o secretário executivo de Meio Ambiente, Artur Falcette.
Para o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, não há que se falar só em ações reativas no que tange ao combate a incêndios florestais.
“O grande foco tem que ser a prevenção. Iniciamos as atividades do ano já com todas as instituições fazendo uma avaliação do ano anterior e uma projeção de quais ações necessárias para que a gente atue a partir desse momento. E uma das ações anunciadas é, exatamente, a campanha de prevenção ao fogo, que o Governo do Estado vai desenvolver e outras entidades já desenvolvem, como a própria Reflore”, frisou.
O secretário destacou a capacidade da coordenação das ações a partir do Cicoe como fator decisivo para obter êxito.
“O governador Eduardo Riedel tem destacado isso. Nós temos que ter uma capacidade de coordenação entre Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, prefeituras municipais, a Semadesco, a Imasul, e também as entidades privadas. É importante a participação do produtor rural, da Biosul, da Reflore, da Famasul, que tem estruturas disponíveis para combate a incêndio. Tudo isso coordenado, obviamente, pelo Corpo de Bombeiros, que tem a sua função institucional de prevenção e o combate a incêndios florestais”, concluiu.