A engenheira agrônoma Larissa Pereira Ribeiro Teodoro participa de uma pesquisa inédita financiada pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul), que avalia o potencial das florestas plantadas de eucalipto para ajudar o estado a alcançar a meta de neutralidade de carbono até 2030. O estudo também revela que a diversidade microbiológica do solo não é afetada pela cultura de eucalipto.
Após dois anos de pesquisa, os resultados mostraram que a plantação de eucalipto emite menos CO2 em comparação com outros usos da terra, com emissões semelhantes às das áreas de mata nativa. Larissa, pesquisadora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), no campus Chapadão do Sul, destaca a relevância dos achados para a combinação de estratégias econômicas e sustentáveis no estado.
Além disso, o estudo confirmou que a diversidade microbiológica do solo nas áreas de eucalipto é comparável à de áreas não antropizadas, como a mata nativa. Isso refuta a ideia de que as culturas agrícolas prejudicam a biodiversidade do solo, um ponto crítico para o equilíbrio do carbono na natureza. Larissa reforça que isso é um avanço significativo para práticas agrícolas mais sustentáveis.
O projeto, coordenado pelos professores Paulo Teodoro, da UFMS, e Carlos Antonio Silva Junior, da Unemat/Sinop, foi amplamente reconhecido, com a publicação do artigo no Journal of Cleaner Production, uma das revistas científicas mais importantes da Europa. Recentemente, Larissa também foi premiada pela Fundação Bunge, um dos mais prestigiados reconhecimentos científicos do Brasil, na categoria Juventude, pelo seu trabalho em diversos projetos relacionados à sustentabilidade e à agropecuária.