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Meio Ambiente Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024, 15:44 - A | A

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Monitoramento

Onça-pintada é devolvida ao habitat natural após recuperação no Pantanal

Jovem fêmea, de cerca de dois anos, apresenta excelente estado físico e comportamental

Viviane Freitas
Capital News

A onça-pintada Miranda, resgatada em 15 de agosto no município de Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, após sofrer queimaduras graves nas patas devido a incêndios, foi devolvida à natureza em 27 de setembro. Recuperada pela equipe do Imasul e o Hospital Veterinário Ayty, ela agora está completamente adaptada ao seu habitat natural.

Desde sua soltura, Miranda tem sido monitorada com um colar VHF equipado com GPS, o que permite um acompanhamento detalhado de seus movimentos. A jovem fêmea, de cerca de dois anos, está em excelente estado físico e comportamental, explorando ativamente seu território. Os dados coletados pelo Onçafari, em parceria com o Imasul, mostram que ela alterna entre deslocamentos rápidos e períodos de descanso, quando provavelmente se alimenta de presas que caça.

Além do GPS, imagens via satélite confirmam o sucesso da reintegração de Miranda ao meio selvagem. Seu comportamento ágil e características de predadora saudável indicam uma adaptação bem-sucedida. O rastreamento é crucial não só para estudar os hábitos da onça, mas também para garantir sua segurança. As informações sobre sua localização são mantidas em sigilo, como medida preventiva contra possíveis ameaças.

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, destaca que a recuperação de Miranda é um exemplo da eficácia da cooperação entre instituições. "A história de Miranda mostra que, com parcerias sólidas e conhecimento técnico, conseguimos transformar situações de vulnerabilidade em histórias de sucesso", afirmou. Para a coordenadora do Onçafari, Liliam Rampim, o sucesso da ação é resultado da união das instituições em prol da proteção ambiental.

Miranda foi resgatada após ser encontrada com dificuldades para andar devido a queimaduras causadas por incêndios no Pantanal. A operação de resgate envolveu várias equipes e cuidados emergenciais. Durante 43 dias de reabilitação no CRAS, ela recebeu tratamento intensivo, incluindo curativos diários e ozonioterapia. Após exames finais, foi solta em uma área cuidadosamente escolhida, garantindo seu retorno ao meio selvagem. Seu caso é um exemplo da importância da colaboração para a preservação da fauna e conservação das espécies no Pantanal.

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