A partir do próximo sábado (1°), a prática de “pesque e solte” será liberada na calha do rio Paraguai, permitindo que pescadores amadores pesquem e devolvam os peixes vivos ao rio. No entanto, a Piracema, o período de defesa da fauna aquática, segue em vigor nos rios de Mato Grosso do Sul, restringindo a pesca comercial e esportiva em outras áreas.
O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) estabelece regras específicas para a modalidade amadora, de acordo com o Decreto Estadual nº 15.166/2019. Entre as normas, destaca-se a obrigatoriedade do uso de anzóis lisos e sem farpas, a devolução imediata dos peixes ao local de captura, e a restrição da atividade à calha do rio Paraguai, com a proibição de pesca em baías, lagoas, banhados e foz de afluentes.
Além disso, o pescador deverá possuir a Autorização Ambiental para Pesca Amadora na modalidade "pesque e solte", emitida antes de praticar a atividade. A medida visa equilibrar a pesca esportiva e a preservação ambiental, respeitando o período de reprodução das espécies, como explicou André Borges, diretor-presidente do Imasul.
Os pescadores que desrespeitarem as regras podem ser penalizados, enfrentando multas e prisão de um a três anos, além da apreensão de material de pesca, embarcações, motores e veículos. Vale ressaltar que a Piracema continua em vigor em todos os rios do Estado, para garantir a sustentabilidade da fauna aquática.
Para garantir a sobrevivência dos peixes capturados, o Imasul oferece algumas dicas, como manuseio mínimo do peixe, cuidado ao retirar o anzol e a necessidade de devolução imediata do peixe ao seu habitat natural. Essas medidas visam reduzir o estresse nos peixes e assegurar que eles retornem ao rio sem dificuldades para nadar.