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Cotidiano Sexta-feira, 14 de Agosto de 2020, 12:56 - A | A

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Covid-19

MS já sofre com falta de medicamentos do "kit intubação", revela estudo

Cisatracúrio, que é bloqueador neuromuscular, e o anestésico Propofol já não estão disponíveis nos hospitais

Flávio Veras
Campo Grande

Conass/Divulgação

Kit entubação

 

Mato Grosso do Sul está entre os 22 estados brasileiros que estão com estoques zerados, ou em níveis alarmantes de medicamentos que fazem parte do kit intubação, essenciais no tratamento de casos graves da COVID-19. Dois medicamentos específicos, um bloqueador neuromuscular e um anestésico, já não são mais encontrados nos estoques dos hospitais.

 

Os dados são de um relatório produzido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e leva em conta a realidade de 1.500 hospitais. No estado, os medicamentos Cisatracúrio, na versão ampola 10ml, que é bloqueador neuromuscular, e Propofol, frasco de 100 ml, que é um anestésico, já não estão em falta.

 

Segundo o secretário de saúde do Estado, Geraldo Resende, o Governo desde o início da pandemia articula junto ao ministério da Saúde a compra de insumos, porém como a falta é global, as fábricas estão trabalhando no limite e não conseguem atender a todos os pedidos. 

 

“A gente faz o pedido e quando recebe vem uma quantidade bem menor do que a que foi acordada, porque todos os estados estão passando por esta situação. Temos pedido ao ministério que nos repasse estes medicamentos, porém a demanda é muito superior a oferta”, explicou. O kit intubação é composto por 22 drogas.

 

Resende revela que há uma força-tarefa para aquisição de remédios de outros países com o auxílio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), porém, a burocracia ainda é um empecilho. “A Anvisa precisa autorizar a importação de certos tipos de substância e isso atrasa um pouco mais o processo de compra e licitação”, acrescenta. Até mesmo a ministra da agricultura, Tereza Cristina, tem intervindo a favor de Mato Grosso do Sul junto ao Governo Federal. “A própria ministra tem cobrado remédios para o nosso Estado, porém a situação é muito difícil”, finalizou.

 

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