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Cotidiano Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2020, 14:44 - A | A

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Divulgado

MS tem 38% da população carcerária em postos de trabalho

Número bateu o índice foi superior à média nacional de 20%

Elaine Silva
Capital News

 

Saul Schramm

MS tem 38% da população carcerária em postos de trabalho

Atualmente 198 empresas estão conveniadas

A ressocialização é um dos temas mais recorrentes, visto que trata da reinserção do preso na sociedade após o cumprimento da pena. A questão maior gira em torno do apoio da sociedade ao processo ressocializador e do acolhimento solidário e integral do preso para o restabelecimento de direitos e das relações sociais. Juntos, Estado, família e sociedade, podem fazer a reinserção articulada das pessoas que estão em instituições prisionais na sociedade. Para se ter ideia desta inserção, basta conferir os números. A média nacional da massa carcerária trabalhando é de 20%, enquanto em Mato Grosso do Sul este número salta para 38%. Isto significa que, atualmente, 7,302 mil apenados estão trabalhando em todo o Estado. O desempenho nas mais variadas frentes de trabalho é motivo de elogios por parte das empresas. Alguns empregadores, inclusive, não querem dispensá-los e há também quem os contrate com carteira assinada depois de cumprirem a pena.

 

Artigo 65 da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que “o tratamento das pessoas condenadas a uma pena ou medida privativa de liberdade deve ter por objetivo, na medida em que permitir a duração da condenação, criar nelas a vontade e as aptidões que as tornem capazes, após a sua libertação, de viver no respeito da lei e de prover as suas necessidades”.  Importante lembrar que o preso de hoje, no futuro pode ser um vizinho, garçom, mecânico e até o motorista de aplicativo. Daí a importância de dar a ele os instrumentos indispensáveis para sua reintegração à sociedade. Com o propósito de atingir esses objetivos, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) adota políticas públicas que valorizam o trabalho prisional, a assistência educacional formal e profissionalizante. Tudo sem qualquer ônus para o Estado, já que os projetos são feitos com parcerias e ajuda de voluntários.

 

Atualmente 198 empresas estão conveniadas. Alguns postos de trabalho são instalados dentro da própria unidade prisional. Quem está no regime aberto e semiaberto trabalha fora do presídio. Para conseguir um posto de trabalho o preso passa por uma avaliação criteriosa, incluindo, além de aptidões, o preparo psicológico. Os internos trabalham 8 horas por dia de segunda a sexta-feira. Na cozinha os turnos são de 6 horas. Cerca de 500 dos 1620 presos estão trabalhando no Instituto Penal.

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