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Cotidiano Segunda-feira, 04 de Janeiro de 2021, 18:53 - A | A

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Corredor Gastronômico

Prefeitura quer tornar Rua José Antônio corredor gastronômico

Estudos serão utilizados no projeto definitivo no primeiro semestre de 2021

Flavia Andrade
Capital News

Divulgação/PMCG

Prefeitura quer tornar Rua José Antônio corredor gastronômico

Estudos serão utilizados no projeto definitivo no primeiro semestre de 2021

O projeto é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento e a Prefeitura entra com a cooperação técnica. Campo Grande foi a única cidade no Brasil a ser escolhida para participar dessa iniciativa, que está contando com a parceria de vários empresários. As intervenções são de curto prazo e baixo custo e, basicamente, são alargamentos de trechos de calçadas para gerar pequenos ‘bolsões de permanência’ que possam ajudar nas dinâmicas tanto dos comércios e serviços da região, como na relação das pessoas moradoras e visitantes da área, funcionando como pequenos pontos de encontro e desfrute ao ar livre. Os estudos estão sendo realizados pelo protótipo do projeto de requalificação e intervenção urbana para implantação do corredor gastronômico da Rua José Antônio, que serão finalizados neste mês de janeiro para que sejam utilizados no projeto definitivo no primeiro semestre de 2021.

 

A metodologia tem por objetivo testar soluções técnicas que serão utilizadas no projeto permanente, previsto para 2021, com grandes obras de infraestrutura urbana no modelo das adequações e requalificação urbana que ocorrem na 14 de Julho. As intervenções de urbanismo tático serão realizadas na José Antônio são efêmeras, feitas com a utilização de materiais leves, de baixo custo e reversíveis, ou seja, serão desmontadas assim que acabar o período de testes. 

 

A prefeitura realizou intervenções pontuais, em parceria com empresários da região e com a Associação de Empresários da José Antônio, para testar a sugestão da Organização Mundial da Saúde para criar áreas de atendimento com distanciamento físico, ajudando o setor privado nestes tempos de pandemia. Se trata de um processo com metodologia científica iniciado em setembro deste ano com pesquisas, reuniões e oficinas que contaram com a colaboração mais de 300 pessoas entre moradores, trabalhadores, freqüentadores e técnicos da Prefeitura, e que segue com monitoramento e contagens.

 

Ao todo, foram escolhidas três cidades do continente sul americano, sendo elas, Montevidéu (Uruguai), Buenos Aires (Argentina) e Campo Grande (Brasil), nas quais o BID já tinha operações, para testarem soluções de Urbanismo Tático, muitas delas já sendo testadas como respostas à pandemia em cidades do hemisfério norte.

 

Com isso uma equipe de consultoria com agentes externos e agentes locais, responsáveis pela coordenação no terreno foi criada. Esta equipe está trabalhando numa cooperação técnica com as diferentes Secretarias do Município em um processo colaborativo com todos os setores da sociedade pegando como base a Rua José Antônio, que em maio deste ano teve uma lei aprovando um novo Corredor Gastronômico, Turístico e Cultural em quinze das suas quadras.

 

Para Leonardo Brawl Márquez, Urbanista, membro do coletivo TransLab.Urb e consultor do BID no projeto Urbanismo Tático Campo Grande Corredor José Antônio, “Em meio à pandemia do coronavírus as cidades estão sofrendo muitos impactos, e o LAB Ciudades (setor da Divisão de Habitação e Desenvolvimento Urbano do BID) resolveu testar alternativas de intervenções urbanas para ajudar a reativar as economias no contexto de distanciamento físico e também para o momento de retomada, nos cenários futuros pós pandemia. Em setembro iniciamos um processo aberto com a presença de representantes da Administração Pública, das Universidades, das pessoas moradoras e da Associação de Comerciantes da José Antônio, fazendo pesquisas, levantamentos, entrevistas e oficinas que foram a base de um diagnóstico para o uso dos espaços públicos do Corredor. Tudo isso será monitorado para gerar dados parte de um relatório que será entregue para a Prefeitura utilizar como Diretrizes Projetuais para a obra do ano que vem”, conclui.

 

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