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Saúde e Bem Estar Terça-feira, 27 de Agosto de 2024, 08:55 - A | A

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Transplantes de órgãos

Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul celebra 25 anos

Instituição surgiu em resposta à demanda por transplantes de órgãos no Estado

Elaine Oliveira
Capital News

A CET/MS (Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul) celebra 25 anos de atuação, marcados por uma trajetória de dedicação, inovação e, sobretudo, esperança, nesse mês de agosto.

Autorizada em 1999, a instituição surgiu em resposta à demanda por transplantes de órgãos no Estado, com a missão de coordenar todas as atividades relacionadas à doação, captação e transplante de órgãos e tecidos, além de prestar assistência aos pacientes em fila de espera. Desde a criação da CET/MS, foram realizados em Mato Grosso do Sul 19 transplantes de coração, 3.886 transplantes de córneas, 1 transplante de fígado, 762 transplantes de rim, 64 de tecido músculo esquelético e 10 transplantes de medula óssea autogênico. 

Divulgação

Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul celebra 25 anos

Celia primeira servidora

“Em janeiro de 1999 ingressei na CET/MS, sendo a primeira servidora a fazer parte do quadro de funcionários da Central juntamente com um médico. Ocupávamos uma pequena sala no 5º andar da Santa Casa de Campo Grande. Já em agosto de 1999, a CET foi autorizada para funcionamento pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, nesta época éramos três profissionais atuando na Central de Transplantes. Nesta longa trajetória, enfrentamos e vencemos diversos desafios, cumprindo a nossa missão e sempre tendo como objetivo prestar um serviço de excelência aos pacientes que aguardam na fila por um transplante, aos familiares dos doadores de órgãos e tecidos e a população em geral, buscando sempre a melhoria do serviço prestado”, recorda a gerente de Acompanhamento e Controle de Doação/Transplantes de Órgãos, Células e Tecidos da CET/MS, Célia Cristina Moro Medina Lopes, primeira servidora da Central de Transplantes do Estado

Ao longo dos anos, a CET/MS tem desempenhado um papel fundamental na conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos. Campanhas educativas, ações em parceria com hospitais e a mobilização de profissionais de saúde são fundamentais para aumentar o número de doadores e, consequentemente, salvar vidas. A sensibilização da sociedade, aliada ao aprimoramento dos processos de captação e distribuição, auxilia no número de transplantes realizados no estado.

Divulgação

Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul celebra 25 anos

Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul celebra 25 anos

O impacto da Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul na vida dos pacientes é inegável. Cada transplante realizado representa uma nova chance de vida, uma vitória sobre a adversidade. Ao longo dos anos, a instituição se tornou um símbolo de esperança para milhares de pessoas que aguardam ansiosamente por um órgão compatível.

“A CET/MS tem grandes projetos para aumentar o número de transplantes no estado, mas para que isso aconteça precisamos aumentar a doação de órgãos e córneas”, alerta Claire.

O médico transplantador de córneas credenciado pelo Ministério da Saúde, Marcos Rogério Mistro Piccinin, ressalta que a Central Estadual de Transplantes é de fundamental importância para que aconteça de forma satisfatória os transplantes aqui no estado.

“Fui diretor do Banco de Olhos, ajudei na sua estruturação e conseguimos avançar. Tinha uma fila grande pacientes aguardando para transplantes de córnea e conseguimos avançar rapidamente. Em 2010 fomos o primeiro estado do país a conseguir zerar a fila de transplantes de córnea e foi uma felicidade, porque de 2010 até 2017 a nossa fila era ‘0’, praticamente todos os pacientes que chegavam para fazer transplantes de córnea eram transplantados quase que imediatamente, às vezes mal saía da consulta e já tinha córnea disponível para disponibilizar para o paciente realizar o transplante de córnea. Então a CET/MS sempre foi muito parceira. O trabalho que eles realizam aqui no estado é algo que não vemos acontecer em qualquer outra central de transplantes pelo Brasil afora”, enaltece Piccinin.

Esses 25 anos também foram marcados por desafios. A lista de espera por transplantes ainda é uma realidade para muitos e a Central enfrenta o constante desafio de equilibrar a demanda crescente com a disponibilidade limitada de órgãos. Neste aniversário, a Central reafirma seu compromisso de continuar salvando vidas e oferecendo um atendimento cada vez mais eficiente e humanizado. O futuro reserva novos desafios, mas também muitas oportunidades para que, com o apoio da sociedade e o trabalho incansável de seus profissionais, mais vidas possam ser transformadas por meio da doação de órgãos.

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