Campo Grande Quinta-feira, 18 de Abril de 2024


Cotidiano Segunda-feira, 19 de Agosto de 2019, 08:38 - A | A

Segunda-feira, 19 de Agosto de 2019, 08h:38 - A | A

Acessibilidade

Todos os cinemas terão que se adaptar para atender cegos e surdos

Janeiro é o prazo máximo para adequação

Laryssa Maier
Especial Capital News

Leo Rodrigues/Agência Brasil

Todos os cinemas terão que se adaptar para atender cegos e surdos

Brasil é o único país que exige exibição cinematográfica com língua de sinais.

Cinemas tem prazo de aproximadamente quatro meses para acessibilizar as salas para deficientes visuais e auditivos. Todas as salas de cinema do país serão obrigadas, sob pena de multa, a oferecer aparelhos de acessibilidade para os deficientes.

 

Segundo informações da Agência Brasil, Instrução Normativa 128/2016, da Agência Nacional do Cinema (Ancine), a qual ditou as normativas. Dia 16 de setembro deste ano, os exibidores precisam ter atingido a meta de 35% das salas dos grandes complexos e 30% das salas dos grupos menores.

 

João Pinho, secretário-executivo da Ancine, dia 16 de junho foi o primeiro prazo para o cumprimento das metas, com a exigência de 15% das salas de grandes complexos oferecendo os recursos de legendagem, legendagem descritiva, audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras) para quem solicitar.

 

“Agora a gente entrou efetivamente na segunda fase, que é monitoramento do cumprimento em si. Ainda tem um pouco de orientação, mas já começa com a fiscalização pelos complexos. Estamos acompanhando semanalmente pelos sistemas internos da agência e de acordo com o plano de fiscalização, que envolve visitas técnicas quando necessário. Estamos divulgando a lista dos cinemas que se declaram acessíveis”.

 

Pinho explica que as exigências de acessibilidade para o setor de cinema no Brasil começaram em 2014, com a obrigatoriedade de todos os filmes produzidos com recursos públicos oferecerem os recursos para audiência de cegos e surdos. E desde 16 de junho todos os filmes, inclusive estrangeiros, já estavam adaptados.

 

“Se a gente colocasse a obrigatoriedade logo, o exibidor não ia ter conteúdo acessível para oferecer ao público alvo. Isso era para criar um estoque de filmes e também de séries, porque vamos começar isso depois para a TV. Então a gente já teve 100% dos filmes nacionais, agora 100% dos filmes de qualquer nacionalidade e em 1º de janeiro 100% dos cinemas”.

 

Segundo Pinho, o Brasil é pioneiro na área, sendo o único país que exige exibição cinematográfica com língua de sinais. “Temos recebidos feedbacks qualitativos, muito emocionantes, de pessoas com deficiência que nunca tinham ido ao cinema na vida, pessoas que nunca viram ou assistiam filme sem entender. A gente vê que está impactando positivamente a vida dessas pessoas”, explicou.

 

Comente esta notícia


Colunistas LEIA MAIS