Realizado pelo grupo de dança Funk-se, o espetáculo TemTrem? foi a grande atração deste fim de semana na Capital. O sucesso foi tanto, que o grupo abriu uma sessão extra no domingo (19). Cerca de 850 prestigiaram o espetáculo que retratou a chegada da ferrovia a Campo Grande.
“Dançamos a chegada da ferrovia em 1914 em Campo Grande, antigo MT, com a revolução industrial que assolava o mundo e as danças sociais urbanas, do início do século XX, dos Estados Unidos da América”, explica Edson Clair, diretor e coreógrafo da companhia.
O espetáculo foi realizado pelo Grupo Funk-se, com financiamento do Fundo Municipal de Investimentos Culturais - Fmic 2013 (da Fundação de Cultural do Município e Prefeitura Municipal de Campo Grande), e apoio da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul - FCMS por meio da Sectei.
Estiveram presentes no evento autoridades e personalidades de Mato Grosso do Sul, como o secretário estadual de Cultura, Turismo e Empreendedorismo e Inovação (Sectei) , Athayde Nery, que teve participação no tombamento da ferrovia. "Fui autor do projeto de tombamento da ferrovia na Capital e acredito que o tema do espetáculo foi um importante resgate da história. Além disso, foi um momento de muitas lembranças, pois durante a minha infância eu sempre viajava de trem para Corumbá. O trabalho me emocionou muito", contou o secretário.
O cantor e compositor Jerry Espíndola também prestigiou o espetáculo: “Achei genial a ideia de falar de sobre o trem, ainda mais na própria estação ferroviária. Mexeu muito com a memória da gente e me senti honrado de fazer parte do desafio de criar uma nova versão de Trem do Pantanal junto com Alex Cavalheri. O nível do trabalho está muito alto, adorei”. Na ocasião, também estava presente um dos autores da música Trem do Pantanal, Paulo Simões, e a secretária adjunta da Sectei, Andreia Freire.
Foram realizadas sessões na sexta-feira (17), sábado (18) e domingo (19) no Armazém Cultural de Campo Grande, próximo à Feira Central.
Grupo Funk-se
Criado em 1996, o Funk-se, trabalha a dança em vários tipos de espaço, democratizando o acesso às manifestações artísticas propostas pelo grupo. Já esteve presente nos palcos de SP, PR, GO, MG, MT, e mais de 30 cidades do Estado de Mato Grosso do Sul. Vale ressaltar a premiação obtida por duas vezes na Funarte (Prêmio Klaus Vianna) com o espetáculo “Frágil ou o Sentido da Ruptura”, que aborda a questão indígena. Além disso, também já foi selecionado para diversos festivais regionais e internacionais.
O elenco do espetáculo contou com Ândrea Espíndola, Andressa Espíndola, Carla Carolina, Carlos Heduardo, Danilo Mandetta, Dreyzzy Santos, Felipe Hespporte, Henrique Lucas, Leonardo Miyahira, Letícia Pontes e Luma Oliveira; apresentando Ariel Ribeiro, Ednelson Alysson e Paulo Sergio Nobre da Silva. Além disso, o espetáculo tem a participação de duas crianças, Diogo Cavalcante e Lumy Myashita.
A concepção, coreografia incidental e direção é de Edson Clair, coreografia de Henrique Lucas Rodrigues, direção de Movimento e Dramaturgia de Jair Damasceno, iluminação de Anderson Lima e vídeo mapping de Rafael Mareco.