A produção de cana-de-açúcar no Brasil pode enfrentar uma redução de até 20% até 2050 devido às mudanças climáticas, conforme um estudo realizado pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Esse cenário preocupa, pois a irregularidade das chuvas e o aumento das temperaturas comprometem a produtividade da lavoura.
O estudo aponta que esses fatores climáticos trazem desafios cada vez maiores para os produtores, que precisarão adotar práticas de manejo mais eficientes, especialmente no ciclo 2025/2026. A previsão é de que as condições climáticas extremas se intensifiquem, exigindo maior atenção e adaptação.
Na safra de 2023/2024, o setor enfrentou a combinação de secas e queimadas que afetaram a região Centro-Sul do Brasil, e esses problemas continuam a ameaçar a produção. O impacto desses eventos é significativo, dificultando o desenvolvimento das plantações e reduzindo o rendimento das lavouras.
Além de prejudicar o crescimento das plantas, a estiagem também favorece o desequilíbrio de pragas e doenças nos canaviais. Esses fatores têm se mostrado prejudiciais à saúde das lavouras e ao aumento dos custos de produção.
Outro desafio enfrentado pelos produtores é a perda de viveiros de mudas devido à falta de água. Esse problema gera preocupação quanto à disponibilidade de mudas sadias para o próximo ciclo, essencial para garantir a renovação dos canaviais e a manutenção da produtividade e qualidade da cana. Especialistas recomendam a adoção de boas práticas agrícolas para enfrentar essas adversidades.