Ministerio de Hidrocarburos – Bolívia
produto vai entrar no Brasil por Corumbá, em caminhões
Foram embarcados os primeiros contêineres de ureia da Bolívia para o Brasil em Porto Quijarro, cidade boliviana vizinha a Corumbá. A partir de agora, 335 mil toneladas por ano do produto boliviano vão entrar no País pela fronteira de Mato Grosso do Sul.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, afirma que o Estado está diante de uma janela de oportunidades. O novo produto na pauta de importação proporciona mais possibilidades para a atração de empreendimentos e diversifica a economia de MS.
A operação de compra de toda a ureia boliviana que vai entrar no Brasil por Mato Grosso do Sul será feita pela Keytrade, uma das maiores indústrias de fertilizantes do mundo. Foi negociada com a estatal boliviana YPFB a compra de 335 mil toneladas por ano de ureia, podendo chegar a 800 mil toneladas. O produto vai entrar no Brasil por Corumbá, em caminhões e passar pelo desembaraço aduaneiro na Agesa, que é o porto seco em operação na região. Do total importado, 60% deve ir para o Mato Grosso e o restante para o triângulo mineiro e o sul do país.
Além das oportunidades de negócios envolvendo o transporte rodoviário, o Governo do Estado está negociando com empresas que possam construir e operar um Centro de Distribuição de ureia em Campo Grande.
Verruck explica que a ideia é encontrar um player que faça a importação do produto pela malha ferroviária, vindo da Bolívia até a Capital. “Esse é um dos argumentos para assegurar a viabilização da Ferrovia Transoceânica, que vai interligar o Porto de Santos com Ilo, no Peru”, informa.
Ainda de acordo com o secretário, a ureia da Bolívia passa a competir principalmente com a ureia vinda do Qatar e Rússia. “É um produto no qual somos deficitários. Dependemos hoje da importação e a oferta boliviana concorre diretamente com esses países. No caso da UFNIII, em Três Lagoas, quando a indústria entrar em funcionamento, o que deverá haver é uma concorrência maior entre os países que fornecem ureia para o Brasil”, afirma.