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Economia Terça-feira, 13 de Maio de 2008, 12:51 - A | A

Terça-feira, 13 de Maio de 2008, 12h:51 - A | A

Brasil vai continuar na cruzada em defesa do etanol , diz \"Le Monde\"

UOL

Os biocombustíveis devem se tornar "um verdadeiro problema mundial" na visão do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas o Brasil, representado por Luiz Inácio Lula da Silva, vai seguir sua cruzada em favor deste tipo de energia, assim como do etanol, sobretudo o retirado da cana-de-açúcar, segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal "Le Monde".

O jornal ressalta que a enxurrada de críticas que o Brasil recebeu nos últimos meses pegou o governo de surpresa já que até então vinha sendo elogiado na Europa por ter optado pela produção de energia limpa, com efeito nocivo cinco vezes menor que o gerado pelo petróleo.

O Brasil está no centro das discussões sobre a fome global já que é o segundo maior produtor de etanol à base de cana, ao lado dos Estados Unidos, que são o maior produtor de etanol à base de milho.

Para os defensores do fim da produção em larga escala deste tipo de energia, o problema é que quanto mais se destinam áreas para o plantio de milho e cana-de-açúcar mais são reduzidas as superfícies alocadas para as culturas de gêneros alimentícios, contribuindo para o aumento nos preços dos produtos agrícolas.

Um dos principais motivos observados pela reportagem para afirmar que o Brasil deve continuar na linha de frente em defesa do etanol e dos biocombustíveis são os argumentos fortes encontrados por Lula e seus ministros.

Entre eles, o fato de que a cana-de-açúcar não ser um alimento nobre como o milho e, portanto, o país não estaria contribuindo para a escassez de comida. Outro ponto que vem sido avaliado é o aumento nos preços dos alimentos gerado pela alta na cotação do petróleo, que acaba encarecendo o custo do transporte dos gêneros alimentícios e dos adubos.

O jornal afirma que, apesar de o Brasil ter o objetivo de que países como a China e Índia passem a utilizar o álcool combustível em larga escala, este dia ainda está longínquo de chegar. Entretanto, quando acontecer, o etanol será uma commoditie cotada nas Bolsas internacionais e o Brasil líder deste produto.
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